O acesso cada vez mais facilitado à internet e às redes sociais tem permitido que as pessoas se relacionem de uma forma intensamente virtual e estenda a sua rede de contatos e amigos de uma maneira praticamente ilimitada. Muitas pessoas têm se vislumbrado com tal possibilidade e exposto suas vidas como nunca visto antes. Alguns fatores que contribuem para a massiva exposição das pessoas nas redes sociais podem ser enumerados. São eles: a necessidade de que os outros saibam de detalhes de suas vidas, de suas conquistas, de suas opiniões e a necessidade de se sentirem acolhidas por um imenso mar imaginário de pessoas. No entanto, várias potenciais consequências podem se tornar em realidades amargas. Por exemplo, ao expor publicamente suas informações pessoais, os internautas podem se tornar alvo de criminosos, terem suas privacidades violadas e até mesmo as suas intimidades expostas. Atualmente, a maioria das empresas têm recorrido às redes sociais para buscar informações de natureza pessoal e social de seus funcionários e candidatos a vagas de emprego, o que tem tornado as redes sociais em uma ferramenta de peso na decisão de contratação ou não de pessoas. Logo, dependendo do teor das informações e publicações dos candidatos, estes podem ser desclassificados de um processo seletivo porque, como se sabe, a interpretação de uma postagem pública está a cargo de quem a lê. É inegável que as postagens em redes sociais vêm acompanhadas de potenciais danos aos postadores, os quais devem avaliar com cuidado, critério e inteligência os possíveis impactos que elas lhes poderão trazer no futuro. Se tais impactos não estiverem suficientemente claros, é melhor que o internauta se abstenha de publicá-las. É importante destacar que uma maneira de se publicar algo com alguma reserva de acesso é fazê-lo em grupos restritos que existem para debater assuntos específicos, o que diminui a possibilidade de prejuízos ao internauta. É necessário também que a população seja conscientizada em como utilizar as redes sociais com responsabilidade, sendo que, tal conscientização pode ser encabeçada pelas escolas a partir da introdução do assunto nas disciplinas escolares e também pelo governo a partir do estímulo à veiculação de propagandas educativas sobre o tema nos meios de comunicação.