Segundo o filósofo francês Pierre Lévy, toda nova tecnologia cria seus excluídos. Com a internet não é diferente, percebe- se que muitas pessoas se expõem em excesso para serem notadas e, assim não ficarem isoladas. Com isso, pode- se afirmar que a superexposição nas redes sociais é um problema social que gera muitas consequências na sociedade contemporânea. “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim” é uma expressão muito comum nos dias de hoje, ela está presente em músicas populares e também estão presentes, em grande número, em comentários nas redes sociais. Porém, o excesso de exposição pode ocasionar distúrbios psicológicos, causados por insultos de estranhos na rua, que criticam o corpo de alguém exposto nessas redes, por exemplo. Além disso, a superexposição nas redes sociais pode contribuir para o aumento da violência física. Isso porque, muitas das vezes o usuário coloca fotos ostentadoras de celulares caros, entre outros objetos em sua página, o que chama a atenção dos criminosos. Com isso, a liberdade individual fica fragilizada, algo que foi muito almejado e exigiu sacrifícios pelos antepassados e a sociedade atual tem como herança da Revolução Francesa. Fica evidente, portanto, que a sociedade precisa ser mais informada sobre o perigo da exposição em excesso nas redes sociais. Com isso, medidas são necessárias para que ocorra essa conscientização populacional. Às instituições escolares cabe a criação de palestras que ensinem e alertem aos jovens sobre o risco de divulgar sua rotina e pertences nas redes sociais. Ao Estado cabe investir mais nos fóruns de denúncias online, que auxiliam a polícia nas investigações de crimes virtuais, divulgando a existência desses sites nos comerciais televisivos, por exemplo, bem como um maior investimento em psicólogos na rede pública de saúde, que auxiliem as vítimas de constrangimento nas redes sociais. E, por fim, cabe a família ensinar seus filhos desde crianças a não mostrarem exageradamente sua vida e a de outras pessoas nas redes virtuais, ensinando-os a diferença dessas redes para a vida real.