De fato, os avanços tecnológicos trouxeram mobilidade para as relações sociais. Um dos principais fatores a esse acontecimento é a internet, dando interatividade e conectividade à ampla parte da população. Redes, como Facebook, Twitter e Instagram, reforçam o estado de sociedade midiática, sendo ela composta pela superexposição. Por meio de curtidas, "likes" e retuítes a era do espetáculo virtual se propaga, trazendo consequências relevantes ao comportamento humano. Em primeiro plano, é importante destacar que a liberdade proporcionada pelos sites de relacionamos quando má administrada pelo usuário pode se tornar um risco à própria vida pessoal. Hoje, ainda é comum a aplicação de golpes a partir de dados disponibilizados por esses. São valores salariais, gastos ostensivos, viagens e compras expostos nas redes sociais os facilitadores à criminalidade virtual. Isso é visto nos casos de falsos sequestros (criminosos utilizam as informações das redes como arma de ameaça), por exemplo, os quais causam danos psicológicos e econômicos às vítimas. Além disso, esses dados revelam os gostos e interesses particulares que são captados por empresas a fim de obterem potências clientes. Uma quantidade significativa de propaganda começa a surgir na "time-line" de redes, como o Facebook, estimulando o consumismo e a propagação de padrões. Promovendo propagandas de produtos ligados às pessoas influentes do mundo virtual, o desejo de tê-los para a exibição ganha altas proporções. Cria-se, então, a busca pela autoaceitação dentro do plano virtual, revelando riscos às atitudes morais do indivíduo no mundo real, já que classificações de superioridade ou inferioridade passam a ser feitos diante ao mostrado como posse nas comunidades de relacionamento. Portanto, a era do espetáculo virtual tem diversas consequências, que cada vez mais se ampliam com a mobilidade das redes sociais. Para que haja a diminuição dos danos causados por ela, é necessário o policiamento pessoal. Os usuários devem buscar medidas para manter a própria segurança, filtrando o que é postado ou curtido e recorrendo às opções de privacidade. As escolas facilitariam essas atitudes, por meio da educação tecnológica aos alunos e pais, apoiadas por recursos dados pelo governo. Nas próprias redes, propagandas estimulando a preservação do privado precisam ser elaboradas e compartilhadas. Logo, ocorrerá a autoproteção no plano virtual atingindo positivamente a dinâmica do mundo real.