Com o avanço das tecnologias, o acesso às redes sociais nos últimos anos tem sido facilitado à todas as camadas populacionais. Tal facilidade trouxe consigo a problemática da superexposição na internet. A necessidade de aceitação social, o fortalecimento do ego e o desejo de se sentir amado, tornaram-se um vício perigoso para muitos jovens. Hoje é comum se deparar nas redes sociais com pessoas belas, em momentos felizes mostrando uma vida, que pela ótica do espectador, parece perfeita. No entanto, essa ação torna-se perigosa quando em demasia pelo usuário. Principalmente os adolescentes exageram na exposição e, muitas vezes, mostram fotos íntimas que viralizam na internet, culminando em episódios de suicídio dos jovens que tiveram sua intimidade à mostra. A mídia impõe padrões de beleza que se não forem seguidos por todos, finaliza em segregação social. O jovem ainda em processo de formação de identidade absorve essa imposição como verdade absoluta. O culto ao corpo, a carência afetiva e a necessidade de ser curtido, tomaram conta da vida de muitas pessoas e hoje se configura em um quadro vicioso que certamente interfere nas relações interpessoais. Uma outra consequência da superexposição nas redes sociais está alicerçada na falta de privacidade. Basta acessar a internet e pesquisar o nome de alguém, que logo é exposta a vida dessa pessoa. Assim, pode-se inferir que existem riscos de assalto, de assédio associados à prática da exposição. Portanto, diante da problemática debatida, é fundamental que se tenha cautela com as informações colocadas nas redes. É relevante também que os pais participem da vida virtual dos filhos, buscando conhecer seu círculo de amizade e orientando-os desde cedo para que não tenham suas vidas expostas na rede mundial de computadores.