No antigo Egito, entendia-se que homem e natureza deveriam conviver em harmonia para sempre. Infelizmente ao contrário do que se pregava no Egito, o Brasil vive em desarmonia com o meio ambiente, visto que sua biodiversidade sofre com a grande exploração, chamada de biopirataria, a qual consiste no ato de envio ilegal de animais e plantas para o exterior. Primeiramente, deve-se analisar dois aspectos importantes: a biodiversidade brasileira e a ausência de leis específicas que a protegem. Por possuir uma rica variedade biológica e uma diversificada natureza, o Brasil atrai olhares de todo o mundo e por isso é alvo de explorações ilegais. Aliás, de acordo com pesquisas divulgadas no âmbito do projeto BIOTA-FAPESP, a cada ano são descritas 250 novas espécies no Brasil, contribuindo para aumentar ainda mais a biodiversidade brasileira e consequentemente o abuso. Deve-se salientar também que a falta de legislação é o fator que mais contribui no aumento da biopirataria, visto que isso facilita a ação dos infratores, que conseguem entrar no território brasileiro para a realização dessas atividades ilegais. Para se ter uma ideia, o tráfico de animais silvestres movimenta aproximadamente 1,5 bilhões de dólares por ano no Brasil. Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessário que o Poder Legislativo, junto ao Ministério do Meio Ambiente ,crie leis mais rígidas e propriamente ditas ao que se refere à biopirataria, para que os criminosos tenham punição adequada, garantindo a proteção e segurança da fauna e flora brasileira. Ademais, a contratação de peritos e especialistas ambientalistas seria essencial, pois assim combateriam a exploração ilegal de forma eficiente. Somente assim a biopirataria não traria mais prejuízos à nação brasileira.