O Brasil é um país de dimensão continental com grande diversidade biológica, cultural e climática. A Amazônia concentra 70% da biodiversidade do planeta e por esse motivo é um grande alvo da biopirataria internacional. Diante disso, levanta-se o questionamento acerca das consequências da exploração e contrabando ilegal da fauna, flora e conhecimentos culturais brasileiros. Platão, filósofo grego, disseminou por meio de sua obra “ O mito da Caverna” o entendimento da prisão provocada pela ignorância. De forma análoga, a falta de monitoramento em todas as áreas do país isola certas regiões e abre espaço para a exploração, manipulação e apropriação de espécies biológicas brasileiras. Vive-se, dessa forma, em um país às sombras do que deveria ser: seguro com a sua diversidade. Além disso, vale ressaltar o dever do Governo de proteger a biodiversidade brasileira. Dentro dos estudos de Sociologia, depreende-se o conhecimento do contrato social firmado entre Estado e população, no qual os indivíduos da sociedade abrem mão de suas “liberdades naturais” em troca de proteção. Nesse sentido, a presença de casos de biopirataria no país rompe com o compromisso entre as partes. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de um compartilhamento de responsabilidades: o Legislativo precisa criar uma cartilha de supressão à biopirataria, dispondo de leis mais severas a quem praticar ou se omitir da denúncia da prática no país, para que dessa forma haja um desencorajamento do ato em terras brasileiras. Outrossim, os representantes eleitos de cada estado precisam aumentar as áreas de monitoramento em seus distritos, a fim de evitar brechas que permitam a exploração e contrabando ilegal da fauna, flora e conhecimentos de povos brasileiros. Em síntese, desde que haja diálogo e comprometimento entre todas as esferas do país na luta contra a biopirataria o país estará caminhando rumo a um futuro mais justo e seguro com a sua diversidade.