Qualquer exploração ou apropriação de recursos biológicos ou de conhecimento das comunidades tradicionais por empresas internacionais, sem devida autorização estatal, são exemplos de biopirataria. O Brasil tem sofrido tal crime desde a época colonial até os dias atuais, onde já houve exploração de seringueira, açaí, cupuaçu, cacau, saberes indígenas e animais silvestres. Tudo isso gera desiquilíbrio na fauna e flora, além de perdas econômicas para o país. Tendo em vista esses exemplos e analisando-os no âmbito ecológico: a retirada de uma espécie do seu habitat natural desequilibra a cadeia alimentar, na qual estava envolta. Assim, diminuindo o número populacional das espécies que seriam seus consumidores e aumentando o das espécies que seriam suas presas. E, também, a falta de fiscalização dessa extração de seres vivos pode ocasionar extinções de raças de um ecossistema. Ademais, dados do IBAMA mostram que cerca de 16 milhões de dólares são lucrados por dia com a biopirataria, sendo que o Brasil, fornecedor das matérias primas, não recebe participação nos lucros. Com isso, é possível ver a perda de capital que poderia ser convertido em reflorestamento, benefícios para as áreas indígenas e manutenção do ecossistema explorado. Desse modo, a Secretaria de Segurança Pública, afiliada ao Ministério do Meio Ambiente, deve averiguar com mais cautela passageiros em aeroportos, naturais de outros países, e que em sua estada no Brasil tiveram passagem por regiões de reservas florestais, tais como Amazonas, regiões de cerrado e caatinga. Assim, diminuindo as chances de transporte ilegal de agentes biológicos brasileiros. E, também, esses mesmos órgãos públicos devem se juntar as tribos indígenas, para que sob qualquer sinal de biopirataria denunciar instantaneamente. Dessa maneira, o Brasil reduzirá as consequências da biopirataria, protegendo a biodiversidade dos seus ecossistemas e a sua economia.