O evidente deslumbramento com a riqueza dos recursos naturais da nova terra fez com que a literatura descritiva produzida por Pero Vaz de Caminha alcançasse mais tarde uma gama de países europeus, assim sendo, não somente o pau-Brasil passou a ser contrabandeado, mas também outras espécies da fauna e da flora. Em vista disso, quando se pensa na biopirataria, no Brasil, atualmente, comprova-se a necessidade de exterminar essa prática que possui raízes históricas. É indiscutível que as relações internacionais do Brasil para com outros países influenciam nessa problemática. Nesse sentido, apenas na Eco-92 ficou decidido que o detentor dos recursos naturais de cada país era o próprio Estado de origem. Desse modo, devido à grande variedade de espécies encontrada no bioma Amazônico, há tentativas para internacionalização do mesmo, uma vez que, dessa maneira, seria mais fácil se apropriar de materiais genéticos da floresta. Sob esse ponto de vista, o pensamento marxiano propõe que a economia é base da sociedade, porém, apesar da enorme lucratividade da biotecnologia e da engenharia genética, essas ciências não podem de maneira alguma se apoiar no roubo de gêneros da natureza, mesmo que isso signifique ganhos econômicos. Afinal, o conceito de biopirataria vai muito além do tráfico de espécies, pois envolve como consequência a usurpação do conhecimento dos povos da floresta, ou seja, uma forma de apropriação cultural. Urge, portanto, a necessidade de cessar com a biopirataria. Logo, cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover a ocupação militar das fronteiras de todos os biomas brasileiros, e isso deve ser feito de maneira respeitosa para com indígenas e a população que habita em torno do bioma. Como efeito de maior segurança e proteção, será possível cessar com ações de contrabando presentes desde a colonização.