A utilização clandestina de recursos naturais e de conhecimentos tradicionais por estrangeiros sem o devido pagamento à nação de origem é o que caracteriza a biopirataria. Apesar de ilegal, esta atividade é bastante lucrativa, principalmente para grandes corporações. Entretanto, mesmo estando em posse das riquezas, as nações mais biodiversas e mais pobres são as mais prejudicadas por tal prática. E no Brasil, as consequências são múltiplas. O entendimento das causas é a principal ferramenta para a interrupção deste fenômeno. A Constituição é pouco enfática na questão da proteção ambiental, algo que reflete na baixa valorização dos recursos naturais (que, muitas vezes, são negociados a baixos custos). Aliado a isto, há o pouco investimento na pesquisa nacional, que, de acordo com o Capes, sofrerá cortes em todas as bolsas de pós-graduação a partir de 2018, prejudicando o avanço acadêmico em campos como a medicina, farmácia e engenharia química. Somadas todas as causas, o que se tem como consequência é um grande atraso na área acadêmica (que poderia se aproveitar destes insumos), devido à falta de incentivo do governo e aos poucos recursos disponíveis. Este fato acarreta ainda na "fuga de cérebros" (emigração de pesquisadores para outros países), resultando em prejuízos também no campo econômico a curto e longo prazos. A resolução desta adversidade envolve a participação da sociedade (principalmente dos eleitores), exigindo de seus representares que apoiem medidas que protejam os nativos, a fauna e flora nacionais. Em segundo lugar, o governo deve destinar mais recursos para a Academia, de modo que os pesquisadores obtenham incentivo para aplicar os recursos naturais a favor da nação. Deste modo, pode-se chegar a uma solução.