Segundo Lavoisier, pai da química moderna, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Entretanto, não há criação senão a perda das fortunas naturais brasileiras, conhecida, também, como biopirataria. Perda essa, que desencadeia consequências entristecedoras ao Brasil, tais como a eliminação da biodiversidade da fauna e da flora brasileira e o subdesenvolvimento de pesquisas científicas. Primeiramente, vale salientar que a biopirataria é a extração ilegal de recursos naturais de um país com o intuito de favorecer o comércio de outro, ou, para a exploração científica sem pagar patente àquela primeira nação. Além disso, a extração de recursos naturais, no Brasil, teve início na época da colonização quando os portugueses extraíram o Pau-brasil (árvore símbolo da terra recém-colonizada) com finalidade comercial na Europa. Em virtude disso, nos dias atuais, a intensa exploração das riquezas naturais provoca, em suma, a escassez da fauna e da flora brasileira sendo a Floresta Amazônica o alvo da prática deplorável contra a diversidade da natureza, posto que essa floresta possui 20% da biodiversidade e o maior banco genético de espécies do mundo, conforme o Relatório do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Além do mais, o subdesenvolvimento de pesquisas científicas se faz presente como outro efeito da biopirataria, haja vista que o Estado investe infimamente nos tecnopolos e no desenvolvimento de pesquisas. Em decorrência disso, há descrença no pensamento científico e, assim, o Brasil perde os brilhantes pesquisadores junto com a manipulação do material genético nacional para outros países que têm interesse em investir em novas descobertas tecno-científicas. Dessa maneira, o Estado brasileiro precisa fiscalizar o próprio território, com a finalidade de que as fortunas naturais não mais sejam perdidas e sim transformadas em tesouros na vida da população como avanços de medicamentos provenientes da natureza. Desse modo, o Ministério da Defesa precisa, portanto, patrulhar as fronteiras do Brasil, por meio do estabelecimento de postos de fiscalizatórios com guarnições do Exército e usando satélites para monitorar os locais inacessíveis por terra, a fim de evitar a extração das riquezas naturais. Por fim, o Ministério da Ciência e da Tecnologia deve investir vultosos erários nos tecnopolos e nas instituições que promovem pesquisas específicas, por intermédio de laboratórios com tecnologias avançadas, com o objetivo de alavancar o pensamento científico e não mais subdesenvolvê-lo. Dessa forma, as consequências da biopirataria poderão ser atenuadas e não mais serão perdidas, pelo contrário, transformar-se-ão em fortunas na vida dos brasileiros.