tema: As consequências da Biopirataria no Brasil ( time---->1h:15min:06s) Durante a processo de interiorização do território brasileiro diversas atividades contribuíram para a demarcação atual do país, dentre elas a procura de especiárias conhecidas como "drogas do sertão" que eram enviadas e comercializadas nos países do Oriente. Tal fato demonstra que a biopirataria está presente desde o processo de colonização do Brasil, contribuindo negativamente para a manutenção da vegetação natural. Nesse contexto, é conveniente entender os principais efeitos, não só sociais, bem como econômicos da problemática em questão. Em primeiro lugar, percebe-se impactos na vida de diversos tribos indígenas. Isso porque, desde os primeiros anos após a chegada dos portugueses no Brasil, existe a pratica do "escambo" - troca de matérias tipicamente urbanas por ervas e árvores retiradas pelos próprios nativos- transformando o patrimônio cultural desses povos em objetos do comércio. Dados coletados pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI- demonstram que mais de 70% das comunidades nativas já foram sabotas, uma vez que empresas utilizam os conhecimentos e recursos dos índios para revender produtos criados pelos próprios, inclusive, sem nenhum pagamento. Sob a análise do sociólogo Adorno, esse irregularidade corresponde ao que se chama de "industria cultural", em que as tradições culturais perdem o valor simbólico em detrimento dos interesses capitalistas, Outrossim, o país já sente as consequências financeiras em relação a biopirataria. Prova disso está nos gastos do governo para controlar o tráfico de animais e plantas na região amazônica, haja vista que projetos como o "Calha Norte" que inseriu diversos militares para proteger as fronteiras da região necessita de altas verbas, tendo em vista que as tecnologias de georreferenciamento utilizadas precisam ser atualizadas a cada mês. Por outro lado, mesmo diante a proteção muitos imigrantes conseguem chegar até a floresta, infringindo as leis de proteção ambiental, acabam extraindo madeira de modo ilegal. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) somente em 2017 foram registrados mais de 5 mil casos de desmatamento sem licença na Floresta Amazônica, algo que prejudica, tanto biodiversidade, quanto a manutenção dos fatores climáticos. Urge, portanto, a fim de acabar com uso indevido da natureza, a importância de criar medidas de revertam os impasses da biopirataria,. Para isso, é preciso que inicialmente a Receita Federal - órgão responsável por arrecadar e distribuir os impostos - disponibilize recursos que permita a implantação de uma ouvidoria online capaz de filtrar denúncias em caso de contrabando de animais e plantas, e encaminhe-as para o Ministério da Justiça para que sejam investigadas e julgadas, na medida de sua irregularidade. O Projeto pode ser concretizado com ajuda de pesquisadores e universidades, no qual pode ser implantado satélites que observem as áreas nativas e garantam a não invasão por aproveitadores. Some-se ainda, maior investigação da Polícia Ambiental nas áreas de reserva, por meio de vistorias diárias feitas por profissionais escalados que combatam possíveis infratores. Quem sabe assim, com a efetivação das propostas os resquícios da biopirataria enraizada na inidentidade do Brasil acabe de vez.