Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 09/08/2018

Segundo o naturalista britânico Charles Darwin, o processo de Seleção Natural é o que mantém a harmonia na natureza, permitindo que os organismos melhores adaptados sobrevivam, garantindo, assim, a sobrevivência das espécies. Por conseguinte, é indubitável que a biopirataria no Brasil é uma das grandes responsáveis pelo processo de desequilíbrio ecológico no país, afinal, a retirada de espécies nativas pode provocar uma grande entropia no processo de Seleção, impactando nas cadeias alimentares e nos ciclos biogeoquímicos, por meio de ações antrópicas intervencionistas. Nessa perspectiva, é impreterível uma ação governamental com o fito de mitigar os impactos desse processo e garantir a biodiversidade brasileira. A princípio, cabe ressaltar que, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa), a Floresta Amazônia é a maior fonte de biodiversidade do planeta, abrigando milhares de espécies de fauna e flora, sendo muitas desconhecidas para o meio científico. Devido a isso, a biopirataria tem esse domínio como o maior alvo dentro do Brasil, roubando animais e plantas e exportando para outros países com diversos objetivos, desde a venda de espécies silvestres até a pesquisa e uso industrial na confecção de produtos farmacêuticos e cosmético. Isso causa um grande desequilíbrio no processo de Seleção desse bioma, pois retira animais e plantas nativas que poderiam contribuir com a manutenção ecológica do ambiente, algo muito preocupante para a comunidade brasileira. Outrossim, sabe-se que foi durante o Período Colonial que a biopirataria surgiu no país, com a chegada dos europeus, muitos espécimes foram extraviados para outros continentes, como o pau-brasil e animais típicos daquela época. Desde então, o problema veio se agravando exponencialmente ao longo dos séculos, tornando-se uma grande ameaça de extinção para muitos seres vivos naturais do Brasil, como ocorreu com a Ararinha-Azul. Essa triste realidade acaba impactando em diversos setores, desde o equilíbrio natural dos biomas brasileiros até na economia, pois com a retirada dessas espécies, grandes potenciais de pesquisa acabam sendo perdidos. Infere-se, portanto, a necessidade de uma intervenção governamental para minimizar essa problemática. Para isso, é de suma importância que o Governo Federal, em parceria com o Greenpeace e empresas privadas, busque criar um projeto que resguarde militarmente as fronteiras dos biomas ecológicos do país, criando Centros de Preservação para impedir o contrabando de espécies em todas as regiões brasileiras. Ademais, cabe ao Ministério da Cultura promover, por meio da mídia, campanhas contra a biopirataria, incentivando a denúncia pelas populações nativas e a preservação da biodiversidade do Brasil, garantindo assim um futuro melhor para todos.