A Constituição de 1988, norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro, assegura a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e de bom uso para as gerações futuras. Entretanto, os frequentes casos de biopirataria no Brasil tem se mostrado diferente da teoria constitucional. Nesse contexto, faz-se necessário analisar as consequência da biopirataria para com a sociedade e a natureza. Primeiramente, sabe-se que a floresta amazônica é o maior banco genético do mundo. Sabendo-se disso, pessoas do Brasil e de outros países fazem contrabando da biodiversidade e, espécies de animais e plantas são os principais alvos para as indústrias de cosméticos e farmacêuticas. Desse modo, tem-se uma extração excessiva de recursos naturais que visam somente os lucros e prejudicam a fauna e a flora, isto é, com a retirada de plantas e animais o ecossistema fica desequilibrado, uma vez que interfere no habitat e nicho ecológico de algumas espécies. Logo, essa mazela precisa receber devida atenção de autoridades públicas. Não obstante, a economia do país também sofre com tal efeito, já que, o Brasil perde mais de 5 Bilhões de dólares por ano com o tráfico de madeiras, extratos de plantas, entre outros recursos biológicos, segundo dados do blog Pensamento verde. Dessa forma, nota-se que uma fragilidade do Estado para com políticas eficazes. Outrossim, além das perdas financeiras o Brasil também corre o risco de perder a patenteação de pesquisas, visto que, o Japão já patenteou o cupuaçu e depois devolveu para o domínio brasileiro. Nessa conjuntura, convém analisar as consequências de tal postura negligente. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visam à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério do Meio Ambiente deve promover de modo eficaz a vigilância de fronteiras com a floresta amazônica com guardas preparados com o fito de diminuir o contrabando. Ademais, o Ministério da Educação pode promover palestras nas escolas sobre como combater a biopirataria e mostrar as consequências que essa prática trás para o meio ambiente e a sociedade, no intuito de comover os cidadãos e erradicar a problemática. Assim sendo, de pouco a pouco, a constituição de 1988 será cumprida na prática.