Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 09/08/2018

Por abranger um extenso território, o Brasil abriga uma riquíssima diversidade de fauna e flora. De imensurável importância à ciência e à sociedade, as espécies nacionais sofrem ameaças que desafiam sua manutenção na natureza. Impulsionada pelo desconhecimento do senso comum sobre a relevância da preservação ambiental, a biopirataria difunde suas drásticas consequências ao perturbar o ciclo natural da vida. Consoante aos filósofos da Escola de Frankfurt, a razão instrumental do homem estabelece que a natureza é utilizada para o único fim de servir à civilização. Até a contemporaneidade, nota-se que a sociedade incorporou e opera segundo esse princípio, desvalorizando e desconhecendo a importância da estabilidade da natureza para si própria e para a ciência. Esse pensamento se relaciona diretamente à biopirataria: com a finalidade de adquirir espécies exóticas, ignora-se que todos os seres vivos desempenham imprescindível papel na manutenção da vida, de acordo com a Ecologia. Sendo um dos epicentros da atividade criminosa que ameaça os ecossistemas, o Brasil sofre as consequências da biopirataria. É de conhecimento público que as áreas biológicas elaboram suas pesquisas com seres vivos, requerendo alguns que, talvez, só existam em território nacional. Além disso, são comuns comunidades que se orientam por fenômenos associados a espécies nacionais para a realização de suas atividades (como é o caso das aves de arribação no Nordeste, que indicam a chegada da seca). Dessa forma, a biopirataria, ao reduzir a população desses seres vivos, desafia tanto o desenvolvimento da ciência quanto as atividades sociais. Entende-se que a biopirataria, para além de um impasse científico, também é de preocupação social e necessita de medidas para ser combatida. Cabe às universidades brasileiras, articuladas ao Ministério da Educação e ao INEP, promover palestras gratuitas à população, com profissionais capacitados nas áreas de Ecologia, Geografia ambiental e humana, a fim de esclarecer os danos desse crime à vida social e científica e despertar maior atenção a essa problemática. Somente assim, poder-se-á ter um Brasil mais consciente das suas riquezas.