Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 07/08/2018

Segundo o conceito "Rugosidades do Espaço Geográfico", desenvolvido por Milton Santos, geógrafo brasileiro, ao longo do tempo, o homem imprime no espaço geográfico suas atividades, colaborando para formação da identidade de uma sociedade. Nesse contexto, a negligencia governamental quanto à preservação da cultura pátria, contribui para formação de um Brasil sem personalidade, transformando-o em um país que, facilmente, tem suas naturezas tomadas por outras nações. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), dentre todos os territórios, o Brasil é o que apresenta a maior megadiversidade, sendo essa encontrada, em principal, na Floresta Amazônica. Esse bioma é responsável por abrigar milhares de espécies, tanto da fauna quanto da flora, assim como conhecimentos milenares das populações indígenas que nele habitam. Devido a essa magnitude, é alvo constante da biopirataria, prática que vem causando danos alarmantes ao patrimônio biológico brasileiro e, por conseguinte, à economia do país. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, IBAMA, aponta que o Brasil acumula um prejuízo diário de dezesseis milhões de dólares provenientes desse tráfico. Outrossim, os produtos nativos do Brasil que são patenteados por empresas estrangeiras, como o açaí e o cupuaçu, favorecem o declínio da economia nacional. Essa problemática é acentuada, uma vez que, as políticas fiscalizadoras sobre esse tráfico são precárias, visto que, falta uma legislação específica sobre esses casos. Ademais, a segurança nas fronteiras é omissa, fazendo dessa rota, a principal via para biopirataria. Dessa forma, os tesouros do país são levados para outras nações que, aproveitando-se das riquezas brasileiras, fomentam suas economias e, consequentemente, usurpam a identidade do povo brasileiro. Dessarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para cessar a biopirataria e resolver os agravos trazidos por essa. O Governo Federal deve investir parte da verba destina às Forças Armadas na proteção das fronteiras brasileiras, aumentando a fiscalização das cargas e das documentações exigidas para o transporte de fauna e flora, viabilizando a minimização do tráfico dessas riquezas, contribuindo, portanto, para preservação da natureza nacional e dos biomas brasileiros, assim como para diminuição dos danos financeiros advindos desse tráfico. Dessa maneira, o espaço geográfico do país terá suas riquezas preservadas e a cultura brasileira não será danificada.