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Redação sem título.

Tema de redação: As consequências da biopirataria no Brasil

Redação enviada em 04/08/2018

Durante o século XVI, toneladas de pau-brasil eram retiradas das terras brasileiras para servir ao luxo do povo português. No século seguinte, a cana-de-açúcar foi o recurso amplamente usado pelo império. Hoje, em pleno século XXI, a biopirataria permanece sendo uma das responsáveis pelo subdesenvolvimento do país que, segundo o IBGE, detém cerca de 10% dos casos de tráfico de animais e espécies vegetais do mundo. Certamente, o despreparo da legislação brasileira e o fácil abuso das sociedades tradicionais são a porta de entrada para os criminosos. Em primeiro lugar, é fato que a biodiversidade brasileira é a mais rica do mundo e atrai a atenção de todos os setores e países. Ainda assim, de maneira surpreendente, o país ainda não possui uma legislação efetiva contra a biopirataria, o que facilita muito o trabalho dos pesquisadores clandestinos e prejudica os setores de pesquisa que são impedidos de trabalhar com espécies nativas por conta de patentes e domínios estrangeiros. Exemplo disso é que a pena para traficantes de espécies não passa de cinco mil reais por espécime apreendido ou seis meses de prisão, ou seja, uma pena baixa e que muitas vezes não chega a ser efetuada, incentivando, assim, os criminosos. Além disso, outro fator que facilita a ação dos “biopiratas” é o desconhecimento das sociedades tradicionais que acabam participando ativamente do fluxo de informações dos criminosos. Dessa maneira, os pesquisadores clandestinos se infiltram em comunidades indígenas como turistas ou pesquisadores do governo e utilizam de sua inocência para roubar o conhecimento e costumes tradicionais, transformando, posteriormente, em produtos exclusivos de indústrias estrangeiras. Como consequência o Brasil perde cerca de 5 bilhões de dólares por ano segundos sites especializados. Conforme o exposto, fica evidente a necessidade de ações para a defesa do patrimônio natural. Primeiramente, cabe ao congresso nacional criar e votar uma lei que combata a biopirataria e eleve a punição aos infratores, para desencorajar os criminosos. Ademais, cabe ao governo federal investir verbas públicas em organizações não governamentais, como a Amazonlink , que realiza campanhas de conscientização e valorização do conhecimento por meio de visitas a comunidades indígenas, para que eles se tornem aliados na luta contra a biopirataria. Apenas assim o Brasil terá sua soberania e suas riquezas naturais asseguradas.