Mundialmente conhecido por sua extensão territorial de ordem continental, assim como sua riqueza natural ímpar – principalmente no que tange à Amazônia –, o Brasil vem sendo alvo da biopirataria desde o momento em que navegadores europeus adentraram o país. Hodiernamente, apesar dos esforços nacionais e internacionais para impedir tal prática, a exploração da fauna e da flora brasileiras não apenas traz prejuízos indiscutíveis à manutenção das diversas formas de vida existentes, mas também caracteriza-se como um empecilho ao desenvolvimento socioeconômico verde-e-amarelo. Inicialmente, é indubitável que o controle biológico, presente em todos os ecossistemas, é fundamental à preservação da vida. Desta forma, o princípio de conservação da matéria, enunciado por Lavoisier, que afirma que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” pode ser aplicado, mostrando a essencialidade da manutenção das cadeias alimentares e do meio ambiente. Em situações em que a biopirataria ocorre, portanto, esse equilíbrio é afetado, podendo ocasionar a migração, a morte de indivíduos ou, em casos mais extremos, a extinção de espécies. Outrossim, destacam-se os malefícios ao desenvolvimento socioeconômico como impulsionadores da problemática. Destarte, a destruição da natureza impossibilita a sobrevivência de diversas comunidades que, outrora, retiravam seu sustento da fauna e flora locais de forma pacífica. É criado, portanto, um desregulado êxodo destas regiões em direção aos grandes centros urbanos, por vezes incapazes de abrigar a nova população e dar-lhes condições de vida dignas. Ademais, a devastação oriunda da biopirataria também culmina em uma desaculturação extremamente desfavorável. Por conseguinte, torna-se evidente que medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Assim, cabe ao Ministério do Meio Ambiente implementar projetos de fiscalização das atividades que relacionam-se às formas de vida existentes no país. Visando coibir práticas criminosas, assim como àquelas legalizadas que trazem prejuízo ao meio ambiente, é imprescindível que os projetos neste âmbito contem com apoio financeiro do governo federal, assim como estejam vinculados às Instituições de Ensino Superior formadoras de profissionais como engenheiros florestais e afins.