Denominado pelos europeus de "Terra dos Papagaios" no século XVI, a alcunha denuncia uma atividade que está presente no nosso cotidiano desde os tempos coloniais, que é a exploração de caráter predatório da fauna e flora brasileira, sobretudo na região amazônica, detentora de cerca de 70% de toda a biodiversidade do planeta, segundo o site pensamentoverde.com.br. De acordo com o mesmo site, o tráfico de animais e plantas já é o 3º mercado ilegal mais lucrativo do Brasil, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas, respectivamente. Assim sendo, a biopirataria não afeta apenas o nosso país, mas o cenário econômico mundial, corroborando para o avanço do entreguismo ilegal de caráter neoliberal da economia nacional, não obstante, tal fato colabora negativamente para o aquecimento global e tentativas de reflorestamento no cerrado e floresta equatorial do país. Ademais, essa exploração provoca o que já foi explicado por Charles Darwin em "A Origem das Espécies", sobre a sobrevivência e permanência do mais apto, ascendendo o aparecimento de animais silvestres em grandes centros urbanos, uma vez que o seu habitat é destruído ou radicalmente modificado em razão do extrativismo, os animais iniciam um processo de migração em busca de uma nova região mais favorável. Outrossim, a retirada de plantas e árvores da região amazônica aumenta o número de indígenas doentes que vivem em aldeias isoladas, uma vez que sua medicina é majoritariamente orgânica, a falta desses vegetais faz com que muitos índios morram, por conseguinte, observa-se um crescente êxodo indígena para as cidades próximas aumentando ainda mais a estrutura caótica dos subúrbios brasileiros. Por fim, fica clara a necessidade de uma maior fiscalização por parte da Polícia Federal e forças policias locais das fronteiras do país, principalmente nas regiões norte e nordeste, que são as rotas mais viáveis de países norte americanos e europeus. A realização de palestras e campanhas do IBAMA juntamente ao Ministério do Meio Ambiente em escolas, universidades e parques também deve ser considerada, a fim de elucidar a população o quão importante é o seu papel de fiscalização quanto ao tráfico de animais e plantas.