Segundo Immanuel Kant, filósofo alemão, um indivíduo bem como os demais ao seu redor, deveria agir de modo que sua ação fosse benéfica para todos. Sendo assim, com o avanço do capitalismo, a sociedade deve assumir o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No Brasil hodierno, a preocupação com a biopirataria, roubo indiscriminado das riquezas naturais do país, reflete essa realidade. É incontestável que aspectos governamentais estejam entre as principais causas desse descaso ambiental. É evidente também, que a Constituição Federal possui princípios que revelam a necessidade de haver a manutenção do meio ambiente. Partindo desse fato, nota-se que as ações do Estado, decerto, têm ido de encontro a esses princípios, uma vez que a negligência dos governantes possibilita o aumento da exploração e degradação da fauna e da flora brasileira, gerando prejuízos socioambientais e socioeconômicos. De mesmo modo, a ganância capitalista apresenta-se como impulsionador do problema. De acordo com o filósofo alemão Hans Jonas, o homem não consegue lidar com o futuro, apenas com a proximidade e com o presente. Considerando esse pressuposto, fica clara a influência negativa da sociedade capitalista em relação ao meio ambiente, haja vista que degradam a natureza de forma indiscriminada, isto é, afasta o país de uma sustentabilidade efetiva, gerando prejuízos as futuras gerações. Em suma, a biopirataria e suas mazelas são uma realidade no Brasil hodierno. A fim de que essa caótica questão seja elucidada, é mister que o poder público ofereça soluções de longa duração e que a sociedade seja instruída. Para que isso ocorra, torna-se imperativo que o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, fiscalize de maneira eficiente o território nacional e penalize esses criminosos. Além do mais, a mídia deve conscientizar, com campanhas publicitárias, a população sobre os perigos da degradação ambiental. Dessa forma será possível seguir o ideal de Kant, construindo um país mais sustentável.