“Começavam a surgir desmatamentos vindos da Europa e de suas naus explorando o Brasil, tendo lucro total.” assim Beca Arruda em sua canção descreve a realidade da colônia brasileira explorada desde sua descoberta em 1500. Passados anos, ainda é presente o aproveitamento abusivo dos recursos biológicos para o exterior acarretando danos às culturas tradicionais, ao ambiente e a economia geral. É fato que o pau-brasil deu o início ao primeiro maior ciclo econômico até 1875 e que em decorrência da massiva exploração estrangeira encontra-se hoje, basicamente, extinto, prejudicando toda uma população. Em similitude, assim é o contrabando da fauna e flora em que além de comprometer a sobrevivência das espécies e seus habitat naturais também há a apropriação do conhecimento por parte de indivíduos comerciantes e empresas monopolistas sobre as comunidades tradicionais que estão perdendo o acesso aos seus recursos. Dessa forma, é necessário que hajam medidas justas para que a biodiversidade não seja destruída e nem a população dependente dela prejudicada, como índios que utilizavam da orabutã para a confecção de seus enfeites. Talqualmente, é sabido que o Brasil era líder mundial na produção de látex, árvore seringueira originária do Amazonas, quando a Malásia contrabandeia grande quantidade de sementes e décadas depois se torna outra grande exportadora do produto. Apesar de o século ter mudado, a situação é persistente comprometendo a economia nacional frente ao mercado internacional. Isso demonstra que uns dos principais objetivos estabelecidos na CDB - Convenção sobre a Diversidade Biológica – não é levado em consideração que é a repartição justa dos benefícios provenientes do uso econômico dos recursos genéticos vindo respeitar a soberania que a nação possui por seus haveres territoriais. Notavelmente a biopirataria praticada pelos exploradores traz lucros que não lhos pertence, afetando a sustentabilidade de uma nação, portanto. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente aliado a Agência Brasileira de Inteligência a desenvolverem um projeto de fiscalização em que haja um elo entre a Polícia Federal, IBAMA e a sociedade por meio de um disque denúncia e da criação de um aplicativo, Android e IOS, para a troca de informações entre seus usuários com a intenção de coibir a clandestina comercialização se animais e material genético de plantas em polos específicos – feiras e depósitos disfarçados – impedindo essa chegada ao consumidor final – indústrias alimentícias, moda e amadores. Ademais, são importantes os debates e encenações teatrais nas escolas com a finalidade de conscientização a longo prazo. Assim, a colônia unida se defenderia.