O Brasil é um grande alvo de biopirataria, ou seja, por possuir uma enorme concentração de biodiversidade, principalmente a Amazônia, é foco de diversas outras nações quanto ao contrabando de fauna, flora e conhecimento popular nacional. Esse cenário é real desde a descoberta do país, quando a principal atuação do colonizador, Portugal, foi justamente a exportação dos bens biológicos brasileiros, tendo como destaque o pau-brasil. Logo, consequências são notáveis desde então, do âmbito financeiro ao ecológico. No primeiro momento, primórdios da descoberta do Brasil, houve intensa exploração das florestas. Nesse contexto, é importante salientar as cicatrizes deixadas por esse histórico, visto que esse período foi um dos grandes responsáveis por, hodiernamente, a Mata Atlântica possuir mais de 90% do seu território original perdido. Logo, as consequências da biopirataria, como vistas, são expressivas e por isso deve o país criar medidas para contê-la. Em um segundo momento, na contemporaneidade, pode-se destacar que, conforme divulgado pela ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, 38 milhões de animais são capturados e vendidos ilegalmente, o que rende cerca de 1 bilhão de dólares por ano. Isto posto, compreende-se que desde o nascimento do país, a biopirataria é um crime que nunca findou, pelo contrário, cresceu ainda mais com o advento da Revolução Industrial, já que para esse modelo de produção a necessidade de conhecimento em genética e sua diversidade promove maior lucro para as indústrias de alimentos, têxtil e farmacêutica. Com isso, o país perde economicamente e biologicamente, devendo, pois, impedir que essas exportações continuem. Destarte, para acabar com os contrabando, é crucial que o Governo Brasileiro, no seu setor Legislativo, crie uma lei específica para a biopirataria com indenização e prisão para quem cometê-la, juntamente com o poder Executivo, apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente, que deverá montar uma equipe policial especializada na segurança biológica do patrimônio nacional, por meio de treinamento próprio, satélites para vigilância nas fronteiras e missões de busca de quadrilhas traficantes, a fim de tornar o Brasil um país a ser admirado pela sua biodiversidade e não alvo de criminosos, para que seja um lugar turístico a ser visitado e não que tenha seus pertences roubados. Dessa forma, será possível mudar a imagem exploratória que foi projetada desde a origem dessa nação.