O aumento no índice de violência nos últimos anos tem provocado na sociedade brasileira uma discussão; o que fazer para coibir o envolvimento de jovens e adolescentes em atos inflacionários? Esse debate ressuscita o anseio de uma boa parcela da população em reduzir a maioridade penal para os 16 anos de idade. Essa discussão promove outra pergunta; a solução para o problema da violência entre jovens no Brasil será solucionada desenvolvendo uma forma mais severa de puni-los? A resposta a essa pergunta é não, uma vez que, estudos realizados em outros países indicam que com a redução da maioridade, só agravou ainda mais os casos de jovens em delito, visto que, o índice de reincidência na prisão é 80%, em contraposição aos 20% relacionado as medidas socioeducativas. Entretanto, o Estado estando consciente de seu papel, não mostra-se contrário a essa mudança, e sim a favor, afinal é muito mais fácil "varrer o problema para debaixo do tapete", ou seja, é mais descomplicado colocá-los dentro de prisões do que tentar reeducá-los, transformá-los em cidadães íntegros, éticos e cientes de seus direitos. È válido analisar que a grande maioria desses jovens infratores são oriundos da extrema pobreza e miséria ainda existente no país, estes vêem-se excluídos do convívio da sociedade atual, e por não encontrarem outras alternativas entram no mundo do crime, não obstante, o Estado foge do seu compromisso, de modificar o contexto social desses indivíduos, viabilizando direitos básicos, como; saúde, educação de qualidade, lazer, saneamento básico, entre outros. Em decorrência dos fatos, cabe ao Governo Federal um maior empenho em efetivar o que já lhes é garantido por lei, viabilizando, como já dito, os direitos básicos, além disso, a abrangência de programas sociais que visam o seu ingresso no mercado de trabalho, e no esporte, já mostraram que podem mudar radicalmente os seus destinos, como também, é necessário um esclarecimento a população de que não é modificando a Constituição Federal, que mudará o panorama da violência do Brasil, cada cidadão pode fazer a sua parte, os acolhendo, inserindo-os novamente na sociedade onde vivem.