Título da redação:

A redução da maioridade penal: mais uma ferida apenas estancada.

Proposta: As consequências causadas na sociedade com a redução da maioridade penal no Brasil.

Redação enviada em 28/07/2015

A redução da maioridade penal não resolverá o problema da segurança pública na sociedade brasileira. É verdade que jovens são usados como escudos e executores para bandidos. Porém, coloca-los nas prisões e delegacias, em seu formato atual, será o mesmo que estar produzindo marginais em uma maior escala. Vale ressaltar que isso não reduzirá a violência, como já registrado em outros países. Caberá ao Estado agir nessa ferida, não apenas estancando-a. Será preciso perder mais índios galdinos? quantos joão hélio, o menino de seis anos que foi arrastado pelo carro por 7Km, serão necessários? A redução da idade penal, muda de uma forma bastante objetiva “apenas” a idade da aplicação da lei. Se a lei não é suficiente com os infratores maiores de 18 anos, por que irá funcionar com os mais jovens? Uma cela que seria para três presos, hoje possui vinte. O que esperar deste sistema? ‘“Fábrica de delinquentes”. Segundo Oscar Wide, o descontentamento é o primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação. Neste caso, se faz necessário mudar já. Países que viveram essa realidade que o Brasil se encontra hoje apresentam dados que mostram nenhuma redução na violência. Pelo contrário, existem países como Espanha que retrocederam na decisão, voltando aos 18 anos. Além dos E.U.A, que possuem uma campanha para que a idade mínima passe dos 16 para os 18 anos. O Brasil deveria encarar essa experiência vivida por outros países, como lição aprendida. Mas parece que o país faltou essa matéria no ensino básico. Segue mais um item defasado. O quesito educação básica. Os embates e divergências sobre esse tema provavelmente não terão fim. Porém, será necessária uma estratégia de ação com inicio, meio e fim. Não apenas mudar a idade penal, para acabar com o “escudo infantil” da criminalidade, mas sim toda uma nova avaliação do sistema jurídico penal e carcerário do país, com foco na ressocialização. Somado a isso, investir no ensino básico de qualidade, criação de creches e renda mínima de subsistência, através da troca de experiência com países que vivenciaram essa realidade. Para que assim, uma nova esperança possa ser germinada. A esperança da justiça.