No Brasil, está em discussão uma lei de redução da maioridade penal, onde reduz à idade mínima que uma pessoa pode ser julgada criminalmente por seus atos de 18 para 16 anos. Porém, essa nova norma, não é a solução para as causas dos quais os jovens se perdem no meio do crime e, também, não impede que crianças mais jovens sejam aliciadas. Na obra de Jorge Amado, Capitães da Areia, o autor deixa bem claro sua critica social em relação aos jovens perdidos no mundo do crime. Esse livro mostra que o meio onde vivem e as oportunidades são as principais causas que levam crianças a se tornarem criminosos. Na vida real não é diferente, a marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais imposta pelo homem, onde as ruas são escolas do crime. Incluir esses jovens em cárcere junto aos outros detentos será expô-los a influencia direta de facções e alto perigo, e crianças mais novas de 16 anos serão aliciadas seguindo uma lógica de idade mínima. Além de que o Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional muito defasado do qual não há estrutura para recuperação dos presidiários. Vale ressaltar uma pesquisa feita pela ONU que mostra que somente 0,013% dos jovens brasileiros menores de idade, cometeram atos criminosos. Portanto, reduzir a maioridade penal não reduz a violência, é somente mascarar um problema social e isentar o Estado do compromisso de atenção educacional aos jovens. Esse impasse precisa de soluções imediatas, o MEC junto do Governo deve de investir na educação do Brasil, que é muito deficitária. Tirar os jovens das ruas e colocar na escola é o caminho e, Investir na ressocialização, nas penitenciarias de menores, incentivando-os à aprender uma profissão, estudar, praticar esportes. Uma vez que, Immanuel Kant disse, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.”.