Título da redação:

Políticas Públicas no Combate à Homofobia no Brasil

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 16/10/2017

A escalada da violência contra LGBTs no Brasil é alarmante. O medo da exposição por parte do agredido, somado à falta de preparo das autoridades e dos educadores para lidar com a temática da homossexualidade torna a questão ainda mais complexa. A fim de diminuir o número de agressões, tanto física quando psicológicas, é preciso melhor orientar sobre a questão. O ano de 2016 revelou números recordes de violência contra LGBTs no Brasil, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB). A questão se torna mais complexa ao darmo-nos conta de que o medo da exposição e o transtorno psicológico que causa tal violência faz com que muitos casos de agressão não sejam relatados, resultando em impunidade e em políticas públicas em desacordo com a real necessidade do país. Percebe-se, ademais, que as escolas estão pouco preparadas ou até mesmo pouco motivadas a debater a questão da homossexualidade, revelando a falta de apoio àqueles que se encontram em situação mais vulnerável. É fundamental, portanto, que ações sejam tomadas no sentido de proteger a comunidade LGBT. Uma alternativa é garantir instruções aos professores da educação básica para debater o tema em sala de aula e orientar sobre a diversidade e a livre aceitação de cada indivíduo acerca de sua orientação sexual. Conforme dados da FEA/USP e da Unesco, 87% da comunidade escolar têm algum grau de homofobia, revelando a necessidade de se educar para a diversidade sexual. Ademais, é importante oferecer acompanhamento psicológico para as vítimas de agressão, a fim de que estes se sintam amparados a denunciar seus agressores. Dialogando com tal ação, é necessário refletir a criação de uma delegacia especializada no combate a crimes contra LGBTs, aos moldes da Delegacia da Mulher, a qual mostra bons resultados no atendimento à violência contra a mulher nos últimos anos. A Constituição Federal garante aos brasileiros o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à segurança, como direitos fundamentais dos cidadãos. Portanto, políticas públicas que amparem os LGBTS vítimas de violência e que eduquem a sociedade para a diversidade sexual são indispensáveis na luta contra a homofobia no Brasil.