Título da redação:

Desordem e regresso

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 04/10/2017

Segundo a escritora Virgínia Woolf, "de tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças e extraordinária irracionalidade". Nessa lógica, tratando-se da homofobia, observa-se que o corpo social torna-se irracional ao afirmar-se evoluído e globalizado e, não obstante, perpetuar atitudes retrógradas. Historicamente, relações homoafetivas têm sido condenadas desde a criação dos Estados modernos - o ideal ariano pregado por Hitler na Alemanha do século XX durante a Segunda Guerra Mundial, aniquilando centenas de homossexuais, a exemplo. Assim como, restringindo ao Brasil, observa-se que existe uma cultura da homofobia, espelhada na História mundial, que além de desrespeitar a opção sexual do outro, também pratica agressões físicas e psicológicas. Além disso, na nação brasileira, existe a cultura heteronormativa - maniqueísmo sexual - presente desde a colonização. Esse ideal, bastante difundido pela Igreja, que antinaturalizou relações que fugiam o padrão familiar, até hoje permanece na sociedade, conduzindo movimentos homofóbicos repressivos e violentos. Todavia, essa cultura conservadora, hostil, e preconceituosa, fere o Artigo 2 dos Direitos Humanos, que prevê um corpo social igualitário e uma equidade entre indivíduos, tornando-se, portanto, crime. Tendo em vista os aspectos observados, faz-se necessário uma ampla discussão sobre os novos ideais afetivos, sendo imprescindível a distribuição de cartilhas, pelo Ministério da Educação, nas escolas, abordando a homoafetividade de forma tolerante e promovendo debates que incentivem o respeito à sexualidade do outro. Aliado a isso, é necessário que o Ministério da Segurança intensifique as leis contra homofobia, tornando-a um crime de ódio, passível de punição mais severa.