Título da redação:

Crueldade

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 26/09/2017

Um país onde ser humano é mais importante que ser lésbica, gay, bissexual ou transexual é o que a comunidade LGBT busca. No Brasil, entretanto, os casos de homofobia vêm aumentando de forma alarmante nos últimos anos. Essa lamentável realidade se evidencia não só pelo conservadorismo presente no tecido social, mas também pela inexistência de uma lei que proteja essa parcela da sociedade. A UNESCO divulgou que 35% dos pais brasileiros disseram não querer que seus filhos tenham um colega homossexual na escola. A grande intolerância é derivada, em sua maioria, do extremismo religioso, além de incentivada por discursos de ódio de figuras públicas, como o deputado Jair Bolsonaro, que disse preferir um filho morto a um filho homossexual. Segundo Karl Marx, sociólogo revolucionário, o homem é fruto do ambiente em que vive. Seguindo essa linha de pensamento, na maioria das vezes as crianças tendem a reproduzir os preconceitos dos pais, gerando, assim, um ciclo de discriminação. Outrossim, destaca-se a ausência de uma legislação que criminalize a homofobia. Projetos que buscam assegurar os direitos da comunidade LGBT já existem, contudo, os deputados conservadores impedem a aprovação dos documentos. O desamparo constitucional acarreta no aumento da violência, já que os agressores acabam impunes ou quando penalizados, cumprem penas leves. Em decorrência dessa falha constitucional o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, segundo pesquisa divulgada pelo portal de notícias G1. Segundo Gandhi, líder espiritual, o futuro depende daquilo que fazemos hoje. Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. O Ministério da Educação deve informar os alunos acerca da sexualidade humana, isso pode ser feito incluindo o assunto nas aulas de biologia e filosofia, promovendo, assim, a diminuição da discriminação. Ademais, a sociedade deve pressionar os deputados federais por meio de manifestações, petições e movimentos nas redes sociais, os obrigando a criminalizar a homofobia. Por fim, cabe as mídias difundir campanhas que demonstrem a crueldade de um preconceito.