Um homem andava abraçado com seu filho de 18 anos, na saída de um evento, quando ambos foram confundidos como um casal homossexual, fato que resultou em uma cena de espancamento público. A partir desse ataque, ainda que movido por um julgamento errôneo, tem-se claramente a denúncia de um dos maiores deficits sociais no Brasil: a homofobia. As complexidades de combate a essa, apresentam origem na formação ideológica do Brasil-colônia, sendo impulsionadas, hoje, pela impunidade em casos de violação da constituição de 1988. Em primeira instância, a homofobia no Brasil é uma consequência da ideologia difundida por portugueses durante a colonização do país. Legitimando esse fato, tem-se relatos, de acordo com o site história.com, que comprovam que ao chegaram ao Brasil, portugueses depararam-se com diversos casos de homossexualidade, fato que foi combatido a partir das leis da sodomia, as quais pregavam como crime inafiançável, contra o Estado, à igreja e à sociedade, a relação entre pessoas do mesmo sexo. A partir de tal pilar na formação ideológica do povo brasileiro, a homofobia tornou-se uma obrigação social e, embora os séculos tenham passado, tal forma de pensar foi transferida ao longo das gerações e nos dias atuais, mesmo disfarçadamente, ainda mostra-se muito presente. Essa afirmação, foi legitimada por intermédio do Grupo Gay da Bahia, que divulgou dados informando que, a cada 24 horas um homossexual é assassinado no país. Ademais, a persistência de tais ideais históricos na ideologia do povo brasileiro tem como combustível a impunidade na violação da Constituição de 1988. Isso é ratificado, uma vez que, embora o artigo 5 de tal documento garanta a todos os cidadãos brasileiros, indiferente à qualquer tipo de distinção, a igualdade de direitos e a liberdade, ainda não à leis que considerem atos de homofobia, ou seja atos contra um grupo que possui uma opção sexual diferente da que é considerada padrão pela sociedade, como atos de preconceito. Assim, casos nos quais homossexuais são barrados de adentrarem determinado ambiente, pedidos para se retirar ou, na maior parte das vezes, sofrem agressão, não são punidos devidamente, sendo que para todas a situações citadas, tem se apenas a multa como pena. Desse jeito, quando a justiça mostra-se cega e tal artigo da Constituição mostra-se desrepeitado, a homofobia encontra um novo impulso para se alastrar na sociedade. Dessarte, as complexidades do combate à homofobia têm origem no Brasil-colônia e são alimentadas pela impunidade na violação da Constituição de 1988. Diante disso, é necessário que os órgãos de justiça fortaleçam as leis contra os casos de homofobia, de modo que, ataques de tal natureza sejam considerados como crimes de preconceito e punidos com encarceramento nos casos de agressão. Ademais, os orgãos midiáticos devem iniciar uma propagação influenciadora contra os efeitos do passado colonizador do país, estimulando o respeito à homossexuais através de relatos dos que já foram subjugados à ataques de homofobia. Só assim, pessoas com opções sexuais diferentes passarão à serem vistas como cidadãs brasileira e poderão exercerem seus direitos sociais, livrando o Brasil das correntes de um passado colonizador intolerante.