Permissão para o casamento homoafetivo, consolidação de financiamentos para cônjuges do mesmo sexo, entre outras, são diversas conquistas do grupo denominado LBGT. Entretanto, grande parte desse grupo é vítima diária de preconceito devido à complexidade do combate à homofobia no país, o qual envolve a herança histórico-cultural e falta de conhecimento da amplitude do preconceito e suas consequências. Em primeira análise, cumpre salientar que a colonização deixou marcas profundas no país, dentre elas, uma sociedade patriarcal, na qual o modelo de família tradicional é pregado e defendido por muitos. Dessa forma, a família - responsável pela socialização primária- acaba participando fortemente da construção comportamental dos indivíduos, e propagando a intolerância, ao não ensinar as crianças a conviver com as diferenças. O que pode ser visto na imposição de sua opinião, por meio de ensinamos sobre o que é "essencialmente masculino ou feminino", como brinquedos, entre outros. Também convém lembrar que a maior parte da sociedade não conhece a real amplitude do preconceito. Para muitos, sua piadas, apelidos pejorativos e difamações não se caracterizam como homofobia, e que tal assunto não necessita de muita atenção. Contudo, segundo dados do Grupo Bahia, em 2016, mais de 300 pessoas foram mortas devido a suas opções sexuais. Esses dados demonstram que o preconceito está cada vez maior e suas consequências também, porém a sociedade nada faz, porque muitas vezes não tem acesso a tais números. Depreende-se, portanto, que, a fim de enfrentar as complexidades do combate à homofobia no Brasil, o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de cada cidade deve promover palestras e cursos, com o intuito de orientar familiares e responsáveis sobre a educação de crianças e adolescentes, formando futuros adultos que saibam conviver pacificamente com as diferenças. Ademais, a mídia e o Governo Federal, por meio de programas televisivos, cartilhas informacionais, entre outros, devem promover a divulgação e denúncia dos casos de homofobia no país, com o objetivo de facilitar o acesso de tais dados pela população e contribuir com a mobilização de tal. Somente assim, as conquistas do grupo LGBT não serão ofuscaras pela homofobia.