Título da redação:

Busca da isonomia

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 17/10/2017

“É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.” Com essa frase, Albert Einstein desvelou os entraves que envolvem as diversas formas de discriminação existentes na sociedade, o que inclui a intolerância com gays, lésbicas, bissexuais, transsexuais e travestis (LGBT). Num povo que tem arraigados valores e costumes tradicionais, como o brasileiro, é esperado que a diversidade de gênero seja encarada com errada, o que vai de encontro ao artigo 5º da Constituição Federal de 1988: todos os cidadãos são iguais perante a lei. Assim, vê-se a obrigatoriedade de desconstrução de paradigmas e tradicionalismos que ferem a pessoa humana. Em primeiro plano, vale ressaltar o perigo da intolerância para uma nação. Uma das sociedades mais preconceituosas foi a alemã comandada pelo austríaco Adolf Hitler, que afirmava pertencer à uma raça pura e, em busca da perfeição étnica, perseguia, dentre outros grupos, os homossexuais. Apesar da intolerância em graus bastante distintos, não se pode ignorar a alarmante situação brasileira: um país formado por uma amálgama de matrizes culturais - indígenas, europeus e africanos - não aceita o diferente, o que diverge, por completo, do processo de construção do País, caracterizado pela diversidade. Além disso, percebe-se a impunidade como outra causa da persistência da homofobia no 5º país mais extenso territorialmente do globo terrestre. Segundo uma pesquisa do Grupo Gay da Bahia, foram mortos, em 2016, 343 pessoas da comunidade LGBT no Brasil, país no qual matam-se mais homossexuais que em países do Oriente Médio onde há pena de morte para eles. A respeito das lesões corporais, há, dentre diversos, o caso do jovem Victor Meyniel, de 20 anos, que foi agredido no Rock in Rio 2017 por ser homossexual e nada aconteceu com os agressores, ilustrando a impunidade. Urge, portanto, que o combate à homofobia seja intensificado no Brasil. Visando à redução do preconceito, é necessário que escolas e universidades abordem o tema em aulas de cunho social, buscando, assim, a formação de cidadãos que saibam conviver com as diferenças, respeitando-as. Ademais, cabe ao Ministério Público intensificar, tanto as fiscalizações, com o aumento do contingente policial, para garantir a ordem no âmbito público, quanto às punições aplicadas àqueles que insistem em ferir a pessoa humana de pessoas do grupo LGBT, seja físico ou verbalmente. Dessarte, faz-se viável a formação de uma sociedade tolerante e que respeite o princípio da isonomia.