Título da redação:

Brasil: sexualmente diverso, porém controverso

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 05/10/2017

É preciso considerar a vasta diversidade sexual que o Brasil possui. Entretanto, essa pluralidade tem convivido com dificuldades para ser aceita pelos indivíduos dessa sociedade machista. Não obstante, pessoas da comunidade LGBT, são desrespeitadas e violentadas pela sua orientação sexual ou identidade de gênero, o que se confirma com os dados alarmantes: foram 130 homicídios registrados em 2000, já em 2010, este número duplicou. Outrossim, homossexuais e bissexuais, frequentemente sofrem escarnecimentos no ambiente escolar, devido à falta de preparo do corpo docente, dos pais e do Estado para lidar com a situação da diversidade sexual. Isso ocorre devido ao reflexo de uma sociedade machista, já que o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo, 1 a cada 25 horas. Sendo assim, como combater a homofobia no Brasil se vários setores, como o da saúde e da justiça consideram a homossexualidade como uma doença? Desde a década de 1990 a homossexualidade não é mais reconhecida como enfermidade, mas setores conservadores da sociedade insistem em trata-la como tal. Portanto, estes grupos machistas deveriam repensar sua posição extrema, uma vez que, como afirma Hannah Arendt, “A pluralidade faz parte da condição humana”. Por conseguinte, para combater a homofobia no Brasil, deveriam ser criados programas educacionais diversificados, lúdicos e eficientes em escolas, sejam cartilhas informativas, filmes, debates ou mesmo rodas de conversas, mostrando para crianças e jovens que é preciso reconhecer e saber conviver com a diversidade sexual e de gênero. Para tanto, os professores devem passar por processos de formação com profissionais capacitados. Acredito também que o governo deva reforçar as leis para acabar com a discriminação e a violência contra a comunidade LGBT no Brasil, além disso, deva criar canais mais eficientes de denúncias, preservando assim, a integridade dessas pessoas, uma vez que, segundo a declaração universal dos direitos humanos, “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos”.