Na alegoria “Nau dos Insensatos”, surgida na Idade Média, pessoas consideradas defeituosas eram afastadas do convívio com os outros e tachadas de “loucas”. No Brasil, essa expressão é bastante presente, dado ao fato de que milhares de pessoas sofrem diariamente com o preconceito, promovidos por uma parte da população moralista e retrógrada, devido a sua opção sexual. Com isso, surge a problemática da homofobia, que traz consequências tanto para o indivíduo quanto para o país. É inquestionável o fato de a homofobia estar atrelado à religiosidade. O Brasil configura um país formado por cerca de 80% de cristãos, ou seja, mais da metade do país segue uma doutrina pregada pelo cristianismo que condena relações homoafetivas. Isso se reflete de maneira negativa, visto que a intolerância gera, muitas vezes, a violência física e psicológica. Dessa maneira, a partir dessas agressões, os homossexuais se isolam na tentativa de permanecer invisível aos olhos da sociedade, o que, infelizmente, em alguns casos, faz com que o suicídio se torne uma opção considerável. A Constituição de 1988, promulgada após a Ditadura Militar, assegura a todos a liberdade de expressão. Contudo, os direitos e, principalmente, os deveres dessa Constituição ainda é pouco executada por boa parte da população, uma vez que cabe a toda nação o dever de respeitar a opinião e as escolhas alheias, porém isso não é visto. Portanto, estabelecer a liberdade individual no Brasil é garantir a democracia e o bem estar de todos, fazendo com que o Estado se torne um lugar melhor e tolerante para as próximas gerações. Logo, é preciso que o Poder Legislativo elabore mais leis que torne crime homofobia e que o Poder Judiciário execute o julgamento de forma severa, a fim de penalizar os agressores. Além disso, é necessário a implementação de propagandas governamentais nos principais meios de comunicação com o propósito de alertar sobre a importância de respeitar a escolha do próximo. Por último, é interessante que o governo ofereça assistência psicológica e médica a todas as vítimas de homofobia com o objetivo de amenizar as consequências.