Título da redação:

Bobby ainda está vivo

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 23/09/2017

A produção cinematográfica “Orações para Bobby”, retrata a vida de um jovem que se descobre homosexual, e devido isso enfrenta muita repressão familiar e social, chegando ao ponto de tirar sua própria vida. Hodiernamente, no Brasil somos apresentados a uma realidade intolerante que oprimi e violenta componentes da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais & Transgêneros), promovendo cenários análogos aos enfrentados por Bobby. Primeiramente, é válido ressaltar que de acordo com um levantamento do GGB (Grupo Gay da Bahia), aproximadamente uma pessoa é assassinada por dia por razões LGBTfóbicas, no entanto, de acordo como pensador Sartre: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Logo, medidas opressivas para com os integrantes do grupo citado, acabam reprimindo o direito de cidadãos ativos dentro da sociedade. Ademais, a legislação não coíbe de forma eficaz casos de violência contra o movimento LGBT, caracterizando atitudes homofóbicas como “agressões”, ou seja, crimes de ódio contra um de seus constituintes são categorizados da mesma forma que uma briga de bar, o que promove ainda mais a intolerância para com seus membros. Além disso, devido a presença de uma bancada que ainda segue dogmas cristão, vários projetos de lei que buscam viabilizar sua visibilidade e recorrer a direitos básicos negados a eles enquanto cidadãos são barrados. Como o caso dos casais homoafetivos que não podem oficializar casamento em cartório, e também a dificuldade pela qual pessoas transgênero passam para obter a reformulação de seus documentos e ter sua identidade de gênero respeitada. Inclusive vivemos em uma sociedade na qual o preconceito está enraizado, e mesmo que o Brasil seja um estado “laico”, ainda usa-se a religião para justificar o preconceito. É notório, portanto, constar que medidas para que a intolerância seja erradicada precisam ser tomadas. De início faz-se necessário uma reformulação da legislação que garanta direitos a todos os cidadãos, sendo elas baseadas nos preceitos de “fraternidade, igualdade e liberdade” e não em dogmas morais cristãos, essas leis devem ser sancionadas em Assembleias Constituintes. Adiante, para que o preconceito seja revertido, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) deve organizar momentos para discutir diferentes orientações sexuais e a identidade de gênero dentro da matriz curricular comum, assim garantirá que as gerações futuras estejam cientes das diferenças e aprendam a respeitá-las. Por meio dessas, o intolerância com pessoas pertencentes a comunidade LGBT no Brasil deve ser combatida de forma eficiente, prevenindo que casos como o de Bobby se repitam.