Na Segunda Guerra Mundial, o matemático inglês Alan Turing foi uma peça fundamental para a vitória dos aliados, desvendando a famosa máquina alemã: Enigma. Após o fim da guerra, foi perseguido pela própria Inglaterra por um simples motivo, era homossexual. Na contemporaneidade brasileira, um problema similar persiste – homossexuais são perseguidos, independentemente de todas as outras características que os fazem ser quem são, pois estas são ocultas pelas vendas da homofobia, tornando seu combate muitíssimo complexo. As consequências do preconceito nunca surtem efeitos positivos, como já dissera o filósofo Jean-Paul Sartre: a violência, seja qual for a maneira como ela se manifeste, é sempre uma derrota. As mazelas causadas por qualquer tipo de agressão contribuem para a sensação de insegurança que é extremamente recorrente e com razão: dados do Grupo Gay da Bahia mostram que 343 pessoas da comunidade LGBT foram assassinadas em 2016. Em consequência dos fatos supracitados, é necessário citar o grande conservadorismo da população brasileira, sendo que grande parte disto pode ser explicado com a colonização. A exploração e povoamento do solo tupiniquim deu-se com grande auxílio dos jesuítas, formando uma sociedade majoritariamente católica. Portanto, a negação de aceitar o homossexual como uma pessoa normal, apesar do debate, é muito comum, pois a aversão ao não tradicional está enraizada em nossa cultura. Dessa maneira, torna-se evidente que medidas são necessárias para evitar o impasse. O poder judiciário e policial devem exercer fiscalização persistente, mantendo a rigorosidade nos julgamentos de casos de homofobia, a fim de acabar com a sensação de impunidade aos agressores. Outrossim, o Ministério da Educação deve criar uma disciplina que preze por abordar a pluralidade de nossa sociedade, não necessariamente abordando apenas a homossexualidade, mas o preconceito em todas as formas. Assim, será possível caminhar contra a direção da derrota citada por Sartre: a violência.