Título da redação:

A intolerância à diversidade

Tema de redação: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 28/09/2017

A homofobia sempre foi um preconceito muito presente na sociedade. No auge da segunda Guerra mundial, Hitler e seus militantes faziam incessantes perseguições aos homossexuais com o intuito de dizimar esses indivíduos, já que, a ideologia nazista sustentava que a homossexualidade era incompatível com o Nacional Socialismo, pois não permitia a reprodução - condição necessária para perpetuar a raça superior, neste caso, a ariana. É inegável que a sociedade homoafetiva brasileira vivencia, recorrentemente, situações homofóbicas violentas, isso se comprova através dos dados divulgados no Globo, que revelam um expressivo aumento de homicídios em 10 anos, visto que, no ano 2000 foram apontados 130 casos e em 2010 esse quantitativo saltou para 260. Com isso, é importante ressaltar que a brutalidade advinda da intolerância à diversidade sexual vem tendo cada vez mais força e persistência no Brasil e no mundo. Além da violência nas ruas há, também, outra questão preocupante, a homofobia no âmbito escolar. Nota-se que, esse tipo de ambiente no qual, teoricamente, deveria ser hospitaleiro para a diversidade sexual e cultural, é palco de constantes atos preconceituosos. Muitos casos de discriminação acontecem, todos os dias, em boa parte das escolas brasileiras, não só pelos alunos, mas, também, por professores e pais. Para ilustrar tal situação, a Fundação Perseu Abramo, divulgou uma informação revelando que 27% dos homossexuais e bissexuais declaram ter sofrido preconceito no ambiente escolar. A homofobia é, portanto, um problema que possui alto grau de complexidade para ser tratado e discutido, visto que, ela está presente em diversas esferas sociais e, em muitos casos, está ligada a conceitos religiosos e culturais. Para obter um considerável resultado no combate às práticas homofóbicas há a necessidade de investir, fortemente, na educação, uma vez que, de acordo com Immanuel Kant, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Para isso, cabe ao Governo Federal, através do Ministério da Educação, promover programas de aceitação à diversidade sexual, com a criação de palestras bimestrais ministradas por psicólogos e psicopedagogos, nas quais haja participação de homossexuais para relatar como são essas infindáveis agressões, com o intuito de esclarecer pontos críticos de tal diversidade. Outra condição muito importante a ser abordada é a criação de leis mais severas para casos de hostilidades homofóbicas, diante disso, é de competência do poder legislativo expor esse tipo de discussão nas câmaras municipais, estaduais e federais, apresentando projetos de leis de proteção a homoafetivos. Ademais, cabe ao terceiro setor – associações que visam melhorias sociais – criar mecanismos – vídeos, fotos, cartazes e propagandas - com a finalidade de relatar casos de indivíduos que sofreram e sofrem violência por conta de sua orientação sexual. E por fim, cabo ao Ministério da Justiça criar delegacias especializadas nesse tipo de crime.