Desde 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS), entende que a homossexualidade não é uma doença, e no Brasil desde 1999 o Conselho Federal de Psicologia (CFO) proíbe tratamentos de reversão sexual por também entender que não é uma patologia. Apesar destes fatos, a homofobia é um problema latente da sociedade brasileira. A falta de conhecimento e discussão sobre o assunto contribuem para a discriminação dos homossexuais. Para o sociólogo Émile Durkheim a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social. Contudo uma pesquisa, realizada pela Fundação Perseu Abrano junto com a USP e UNESCO, revelou que 60% dos professores admitem não ter base para lidar com a diversidade sexual. Questões legais coadjuvam para que a diversidade sexual continue sendo um tabu no Brasil. Recentemente um juiz do Distrito Federal emitiu uma liminar, que ficou conhecida como "Liminar da Cura Gay", a qual permite que psicólogos realizem tratamento de reversão sexual, caso o paciente assim o desejar, sem que o CFO aplique sanções ao profissional. Entretanto dois pontos podem ser levados em consideração, um deles é que uma das autoras da ação teve o seu registro cassado pelo CFO justamente por realizar as ditas terapias de cura gay. Outro ponto, mais relevante, é que se existe um "tratamento de reversão" pode-se entender que a sexualidade do indivíduo é uma escolha que pode ser feita e a homossexualidade, destoante da maioria, acaba por ser caracterizada como uma patologia segregando automaticamente esse grupo na sociedade. Em vista do que foi mencionado e levando em consideração que a educação, segundo Durkheim, é uma socialização da jovem geração pela geração adulta. O Estado apesar da bancada evangélica, por ser um Estado laico segundo a Constituição Federal, precisa deixar ideologias pessoais de parlamentares de lado e deve assistir a esse grupo de minoria. Para isso faz-se necessário a criação de projetos que auxiliem e orientem professores ensinando-lhes como tratar e debater esse assunto em sala de aula. Com docentes preparados a homossexualidade deixa de ser um assunto restrito na escola e passa a ser debatido com o respeito que todos merecem. Quanto mais essa temática for abordada, menos estranheza ela causará. Dessa forma, no futuro, conseguiremos uma sociedade com menos preconceito.