Título da redação:

A doença do século XIX

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 10/10/2017

Em meados do século XIX, a homossexualidade era considerada doença, podendo ser tratada por psicólogos e psiquiatras. Apesar de ter deixado de ser transtorno em 1990 pela OMS, atualmente a homofobia ainda é presente. Nesse ínterim, casais homoafetivos brasileiros sofrem preconceitos e agressões que surgem, em sua maioria, como resultado da falta de conhecimento coletivo e carência de punições às práticas homofóbicas. A mentalidade social ainda dificulta o combate à homofobia. No Brasil, em 1985, o Conselho Federal de Medicina retirou a homossexualidade da lista de transtornos psíquicos. Contudo, isso não bastou para extinguir esse ‘’dogma’’, visto que não houve campanhas informativas para a sociedade sobre a recente mudança legislativa, e, como resultado, a discriminação contra gays, lésbicas e transexuais (LGBT) ainda é presente. Além disso, a falta de delegacias especializadas contribui para o aumento da homofobia. Nesse ínterim, uma pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) mostrou que 343 homossexuais foram mortos no Brasil em 2016 – um recorde até então. Logo, a escassez de punições e leis adequadas contra práticas homofóbicas contribui para o aumento constante de taxas discriminativas no país. Portanto, infere-se que o combate a homofobia é um mal no Brasil. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve realizar campanhas que visem informar para a população sobre a homossexualidade, diminuindo preconceitos existentes, Além disso, cabe ao Governo Federal construir delegacias e leis que averiguem crimes de homofobia, a fim de atenuar sua prática na sociedade. Ademais, a comunidade deve ser incentivada a denunciar, em centros especializados, casos de discriminações aos homossexuais, com o objetivo de ampliar o combate à homofobia no Brasil.