Título da redação:

A doença do amor

Proposta: As complexidades do combate à homofobia no Brasil

Redação enviada em 05/10/2017

No Holocausto, os nazistas acreditavam em uma ideologia, segundo a qual os homossexuais do sexo masculino eram fracos e afeminados, eram incapazes de lutar pela nação alemã e, por não serem capazes de reproduzir, diminuíam a população ariana. Tal ideologia, com o passar do tempo, foi modificada e permaneceu velada, até a algum tempo atrás, quando a frente de extrema direita ganhou força, tornando-a pública. Como resultado disto, a homofobia vem crescendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil, que tem inúmeros casos de violência contra homossexuais. Casos estes, que continuarão a surgir, se nada for feito. Nos últimos anos, a bancada evangélica vem ganhando grande espaço na política brasileira. De modo consequente, projetos, que estão mais associados a uma “moral cristã”, do que ao bem comum, estão tramitando no congresso. Exemplificado, pela “Cura Gay”, que dará tratamento aos homossexuais, para que estes se curem da homossexualidade, que é uma doença, de acordo com aquela bancada. Esse tipo de projeto aflora um sentimento preconceituoso e homofóbico em uma população que já é, historicamente, machista e que, portanto, acredita que um homem só é homem se “pegar mulher”. Como reflexo dessa moral e desse machismo, há, cada dia mais, o aumento da violência contra homossexuais. Sendo que essa violência pode partir, até mesmo, de familiares, pois muitos afirmam que “ser gay é falta de palmada”. Como pode ser visto, no caso de um jovem de 17 anos que foi espancado em São Paulo pelo próprio pai quando contou que era homossexual. Infere-se, portanto, que o combate à homofobia é muito complexo, pois a homofobia está enraizada em uma “moral cristã” e uma tradição machista que domina o Brasil. Entretanto, apesar de complexo, o combate pode acontecer, por meio do aumento, pelo Legislativo, da pena de criminosos que cometeram crimes relacionados à homofobia, sendo que eles devem cumprir trabalho voluntário em casas de apoio à vítimas de violência. Além disso, o Ministério da Educação precisa implementar na grades curriculares aula de cidadania, que ensinem sobre orientação sexual e respeito às diferenças. As escolas junto com os psicólogos precisam fazer acompanhamento de alunos vítimas de homofobia, além de criar campanhas de combate à violência. Os grupos LGBT’s podem criar um site, no qual os pais e os homossexuais possam acessar relatos, depoimentos e informações, pois grande parte do preconceito se baseia na falta de informações.