A prática de esportes é um costume antigo e foi iniciada em 776 A.C no santuário de Olímpia na Grécia. Entretanto, apesar de ser um ideal antigo os esportes continuam sendo praticados atualmente por muitas pessoas, porém se por um lado práticas esportistas como o futebol pode oferecer benefícios como entretenimento e ascensão social, por outro algumas pessoas utilizam os estádios como foco de violência e mortes. Conforme o empirista Locke o ser humano é como um papel em branco, no qual é preenchido por experiências e impressões cotidianas. Nesse sentido, a prática esportista pode proporcionar as pessoas o espírito do trabalho em equipe e a empatia, uma vez que o principal objetivo do futebol e promover a interação de pessoas, ao expor um exemplo a Copa do Mundo, evento de grande escala que reúne pessoas do mundo todo a cada 4 anos e proporciona o hibridismo cultural. Além disso, o esporte e uma ferramenta de ascensão social para muitas pessoas, tendo em vista que promove a superação e contribui para que atletas e jogadores com poucas condições financeiras consigam melhorar a qualidade de vida após ganharem notoriedade principalmente na mídia. Logo, percebe-se que além do condicionamento físico e da saúde, práticas esportivas contribuem para aspectos sociais importantes e na construção da identidade social do indivíduo. Vale ressaltar ainda que segundo Benedetto Croce, filósofo italiano, a violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. A frase permite fazer uma analogia ao atual cenário da violência nos estádios de futebol, nos quais torcedores rivais participam de torcidas organizadas cujo intuito e espancar e muitas vezes levar os outros torcedores a óbito, com o uso principalmente de armas brancas. Prova disso, é a informação divulgada pela Folha de São Paulo em 2016 que desde 2010 foram mortos 113 pessoas por motivos de rivalidades clubísticas. Dessa forma, é necessário resgatar o verdadeiro espírito do esporte, fazendo com que os estádios sejam lugares de união, e não propagação de violência e sofrimento. Fica indubitável, portanto, que medidas eficazes são necessárias para combater agressões e mortes nos estádios de futebol. Destarte cabe o Poder Executivo aumentar o nível de fiscalizações nas entradas e durante os jogos para acabar com os focos de agressões e evitarem a entrada com artefatos que podem causar ferimentos. Outrossim é preciso que o Poder Legislativo aumente o valor da multa e do período de reclusão para integrantes e organizadores de torcidas organizadas, contribuindo para a extinção de tal movimento violento. E, por fim, é preciso que o Ministério da Educação promova palestras em escolas públicas e privadas explicando aos jovens a gravidade e número de vidas mortas nos estádios, para que desde crianças sejam educados e conscientizados que as práticas esportivas não podem ser prejudicadas por criminalidades.