No Brasil, a violência nos estádios de futebol não deve ser vista, hodiernamente, apenas como uma mera questão educacional, mas também como um desserviço da instituições responsáveis que apresenta razões inadmissíveis.Destarte, é imperativo que ocorra o combate àquela mazela para o estabelecimento do respeito, da cidadania e, principalmente, da democracia no meio social.Nesse sentido, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos estatais, escolares e midiáticos. Em primeira análise, a partir da premissa kantiana a qual afirma que o homem é tudo aquilo que a educação faz dele, é notória a imprescindibilidade de uma escolarização qualitativa para garantir a difusão do senso de criticidade acerca daquele problema endêmico, haja vista a necessidade de combatê-lo, já que ele é uma afronta à democracia, à dignidade e à harmonia social.No que concerne a esse contexto, a negligência escolar, no que diz respeito ao descortino social, é uma vertente inadmissível, visto que ela acarreta a proliferação de sensos comuns e de inconscientes coletivos os quais naturalizam a maximização das práticas violentas nos estádios.Em verdade, é preciso buscar, na pintura "Abaporu" de Tarsila do Amaral, a égide para compreensão desse excerto, uma vez que essa obra retrata um homem com grandes membros e com pequena cabeça, representando um indivíduo oligofrênico e alienado, de sorte a ser um argumento inebriante para o entendimento do que foi explanado sobre uma sociedade ignorante a qual faz uso daquele exercício insustentável. Em segunda análise, a leniência das instituições responsáveis, como o Governo e as Confederações, é uma das principais causas da persistência da violência nas arenas futebolísticas.No que tange a essa problemática, tal implicatura viabiliza a banalização, a estereotipação ou, simplesmente, a redução das legislações, como o "Estatuto do Torcedor", a exóticas, uma vez que a falta de fiscalização e o desestímulo à aplicação das leis que acarretam o caos e o descaso os quais fazem dos estádios os lugares comuns à incidência de anomias, por exemplo, o racismo.Em síntese, é mister procurar, em países como a Inglaterra, o enredo para o entendimento do que foi explanado, já que essa foi um país o qual reduziu a incidência do hooliganismo nas arenas mediante a sinergia entre o poder público e as associações desportivas e a aplicação e fiscalização das leis impostas, representando, pois, um argumento relevante a ser implantado no Brasil, aspecto assegurador da harmonia nas edificações esportivas e suplantador da intolerância. Portanto, é visível, que existe a necessidade de combater a violência nos estádios de futebol, mediante a sinergia entre o Governo, a Escola e a Mídia, para o estabelecimento do respeito, da cidadania e da democracia no meio social.Para tanto, o Governo por meio da comunhão entre o Estado e as Confederações e da aplicação e fiscalização das legislações vigentes, como o "Estatuto do Torcedor", deve viabilizar a difusão da cidadania nas arenas de futebol.Ademais, a Escola, por intermédio de aulas práticas, didáticas e interativas direcionadas à Filosofia, à Sociologia e à Antropologia, precisa propagar um senso de criticidade acerca da intolerância nas edificações esportivas, avultando o respeito ao próximo.Outrossim, a Mídia, mediante a ficção engajada, como os documentários, necessita servir como canal de comunicação das vanguardas de minorias a fim de minimizar a violência nos estádios brasileiros.