No ano de 2010 foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma lei que modifica o Estatuto do Torcedor, tornando crime quaisquer atos de violência em uma distância de até 5000 metros do estádio, com uma punição que pode chegar a 2 anos de prisão. No Brasil, o futebol é o esporte dominante e mais amado pela população, o que provoca uma relação extrema de rivalidade entre os amantes da modalidade. No cérebro humano, o amor e ódio atuam em áreas semelhantes do cérebro, segundo um grupo de pesquisadores da Universidade "College London", os impulsos elétricos que são feitos ao expor uma pessoa a situações de ódio, ocorrem na mesma área que o sentimento de paixão por algo. Quando estamos apaixonados por algo, uma grande porção do córtex cerebral é desativada, parte essa que representa à capacidade de julgar e racionalizar, fato esse que é comprovado em um cenário de violência nos estádios de futebol, onde os indivíduos deixam as emoções controlarem seus atos. Somente no ano de 2017, 9 pessoas morreram por conta de agressões em partidas de futebol, além das inúmeras vítimas que sofrem graves consequências. Essas ações também são frutos da impunidade presente no país, onde mesmo com leis como a de número 12.299, de 2010, criminosos conseguem desviar da justiça sem sofrer qualquer tipo de punição. Segundo o sociólogo Mauricio Murad, o Brasil é o país que possui o maior número de mortes por conta de brigas entre torcidas organizadas, e mesmo com todo este quadro de violência, apenas 3% dos delitos no âmbito do futebol, como racismo, xenofobia, machismo, agressão, mutilação e morte, foram punidos. Logo, é indubitável que a impunidade junto com a falta de preparação emocional da população torna a violência nos estádios algo cada vez mais frequente. Deste modo, é preciso aumentar a fiscalização, punição por meio de medidas feitas pelo Governo Federal, tais como aumento do policiamento e maior gravidade nas penas, além de tornar obrigatório aos clubes de futebol a educação mental de suas torcidas organizadas, visto que as mesmas são grandes fatores contribuinte para o aumento dos casos de hostilidade nos palcos das partidas de futebol.