Na antiguidade clássica, era comum haver eventos onde o espetáculo era a degladiação envolvendo seres humanos, Roma foi o maior exemplo disso. Em pleno século XXI, entretanto, esta prática já não é mais socialmente aceitável. Todavia, a violência nas arquibancadas dos estádios de futebol ainda persiste, em função do sentimento irracional do torcedor aliado à falta de segurança. Em primeiro lugar, um dos fatores que influenciam a violência nos estádios é o alto grau de fanatismo de alguns torcedores. Vivemos em um país extremamente violento, com elevado índice de homicídios, ou seja, tais atitudes nas arquibancadas são apenas o reflexo da sociedade brasileira. Juntando isto à uma torcida eloquente, o resultado será brigas, confusões e, em alguns casos, mortes. Além disso, um outro panorâma social refletido nos estádios é a falta de segurança. Assim como no policiamento das ruas, nas arquibancadas encontram-se inúmeras deficiências. A maioria dos estados brasileiros não possuem uma equipe de segurança devidamente preparada para tomar conta dos torcedores de forma exclusiva como há no RJ. A ênfase dada por este estado proporcionou uma enorme redução da violência. Torna-se evidente, portanto, que a violência nos estádios possui uma origem sociocultural e também parte da precaridade na segurança pública. Nesse sentido, faz-se necessário que a PM com o auxílio de empresas prestadoras de serviços de segurança adentrem os estádios oferecendo uma maior segurança e conforto aos torcedores com um policiamento altamente preparado para atuar de maneira adequada em qualquer situação. A mídia deve ajudar no que diz respeito à conscientização do cidadão, com programas televisivos que mostrem esta realidade ao telespectador, deixando bem claro que a arquibancada é um lugar de diversão e não para brigar. Dessa forma, as torcidas terão uma oportunidade para a reflexão e uma possível mudança de atitude.