O futebol é definido por muitos como o esporte nacional. Os governos, ao longo da história do país ajudaram a consolidar essa percepção. De tempos em tempos, no entanto, é possível ver na mídia reportagens que relatam cenários de violência e morte entre torcedores nos estádios. No Brasil, esse quadro se mostra pior nos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte. É importante pontuar de início que, apenas entre cinco e sete por cento dos torcedores são responsáveis pelos conflitos de torcidas organizadas. Porém, independente da baixa porcentagem, o país segue líder nos casos de mortes ligadas ao esporte. Apenas na última década, mais de cem óbitos foram registrados. Entretanto, segundo levantamentos, cerca de noventa por cento dos criminosos não são punidos. Nesse contexto, é importante pontuar ainda que, de acordo com estudos recentes, os torcedores violentos são, em sua maioria, jovens entre 15 e 24 anos, desempregados, com o ensino médio incompleto e dependentes químicos – sendo homens, no geral. A razão para tal intolerância, contudo, ainda é pauta em muitos debates, podendo variar entre homofobia, xenofobia ou mesmo racismo. Outro fator que faz-se relevante é o constante uso das redes sociais para marcar os confrontos, mostrando que essa hostilidade também se estende ao mundo digital. Dessa forma, nota-se que a crescente onda de violência nas arenas está essencialmente ligada a evidente impunidade que se sucede de tal, fomentando uma cultura de violência no país. Portanto, é necessário que o Governo Federal aumente a frota da Policia Militar, por meio de concursos públicos, somado a sua melhor qualificação, para que seja possível haver uma redução no índice de violência nos estádios – como no Rio de Janeiro. Além disso, cabe ao terceiro setor (associações que buscam melhorias na sociedade) aliado a instituições públicas, como a escola, orientar, por meio de campanhas, palestras e grupos de discussão, os cidadãos, contribuindo, dessa maneira, para uma comunidade mais consciente sobre o que implica os atos de violência e suas repercussões. Logo, com tais ações em pratica, será possível observar uma contenção da violência – tanto dentro, quanto fora dos estádios – beneficiando, assim, a toda a sociedade.