Notícias sobre casos de violência nos estádios de futebol já se tornaram corriqueiras. Embora a mídia de bastante ênfase sobre o assunto, as causas não costumam serem abordadas. Entre os motivos está o fato de que os jogos são um microcosmo da sociedade. Dessa maneira, a competitividade excessiva do capitalismo reflete nos campos. Esse modelo estabelece hierarquias sociais o qual divide à sociedade entre vencedores e perdedores. Sob a óptica de Karl Marx, isso gera violência. Assim, a torcida que perde, para compensar a frustração, acaba promovendo atos de vandalismo. Concomitantemente, a uma espetacularização da mídia. Os órgãos de comunicação em busca de audiência expõem de forma sensacionalista as brigas entre torcidas. Destarte, ocorre o fenômeno o qual Hannah Arendt definiu como a banalização do mal. Isso acaba levando a aceitação da sociedade, uma vez que a hostilidade nas partidas se torna algo cotidiano. Para combater esse estado de apatia da população e acabar com o problema da violência nos estádios medidas precisam serem adotadas. Portanto, cabe aos canais esportivos pararem de explorar as disputas entre torcidas. Isso pode ser feito pela não exposição dos agressores para os telespectadores. Outrossim, os clubes devem valorizar os bons torcedores, por meio de premiações. Por conseguinte, teremos um futebol seguro.