Dentre as causas da violência nos estádios de futebol, a principal é a cultura patriarcal e machista, um legado deixado pelos gladiadores que manisfestavam atitudes de imposição e poder nos jogos realizados pelo Imperador em Roma na Antiguidade Clássica. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: falta investimento em investigação policial e uma política de segurança pública especializadas em estádios e ao redor deles. Em primeira análise, cabe pontuar que é necessário investimento policial inteligente, voltado para investigação e apuração dos crimes. Comprova-se isso por meio de estatísticas que declaram que 90% dos conflitos entre torcidas acontecem fora dos estágios e apenas 3% são investigados. Desse modo, é válido o Brasil seguir o exemplo da Inglaterra, que venceu disputas entre os “hooligans” quando passou a ter unidade de inteligência dentro da polícia sem encarar a partida de futebol como operação de guerra. Em segundo lugar, vê-se a importância de uma polícia especializada para atuar nos estádios e transmitir maior segurança aos torcedores . Uma prova disso está no estado do Rio de Janeiro com sua polícia especializada, a GEPE ( Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), e com isso o Estado conseguiu reduzir os índices de criminalidade envolvendo torcedores. É indispensável, portanto, o Governo Federal disponibilizar verba o suficiente para os Estados investirem na sua Polícia Civil, para que ela seja capaz de fomentar o setor de inteligência e investigação de crimes. Ademais, é preciso o Estado em parceria com setor de segurança pública investimento em treinamentos especializados para atuarem dentro dos estádios.