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Redação sem título.

Tema de redação: As causas da violência nos estádios de futebol

Redação enviada em 09/10/2017

Polêmicas que envolvem conflitos durante partidas de futebol têm crescido assustadoramente nos últimos anos. O Brasil lidera a lista de violência entre torcedores, apesar de também conferir o maior número de títulos de melhor jogador do mundo. O "país do futebol" está longe de findar problemas relacionados à violência nos estádios, adversidade que compromete a vida de muitos torcedores. Primordialmente, a violência nos estádios de futebol é resultado da ineficácia dos planos de ação do Estatuto do Torcedor, cujo objetivo principal e original é oferecer segurança através de procedimentos operacionais e sociais, como a conscientização de torcedores. Além disso, a punição para os envolvidos em brigas e conflitos é falha, visto que muitos agressores não são repreendidos pela justiça, sendo assim, muitas vezes, voltam a cometer os mesmos erros. Ademais, a mídia impulsiona a valorização do sentimentalismo aos times e, pode até mesmo ajudar a converter a paixão pelo futebol em um verdadeiro estilo de vida. Neste sentido, os torcedores adotam erroneamente a metáfora conceitual “Futebol é guerra” e encaram as partidas como um combate. Assim, cria-se um nacionalismo imperativo, ou seja, vê-se o time e a torcida adversária como inimigos em potenciais, vide as torcidas organizadas. Essas usam a agressão para representar um tipo de defesa e supremacia de um time sobre o outro. É imprescindível, portanto, a mudança na conduta daqueles que usam a ferocidade para se imporem diante de outros times. Para isso, o Brasil poderia se basear em países com referência em segurança nos estádios, como a Inglaterra; que sofreu ataques segregacionistas e repressivos de grupos chamados “Hooligans” e, para combatê-los, fez o cadastramento de torcedores, o uso de reforço policial e expulsão temporária aos que desviarem da pacificidade entre os jogos. A mídia e os clubes podem promover campanhas de conscientização ao público, a fim de que o reflexo arcaico da Idade Média se converta em um coletivismo ético e que auxilie a integração social do esporte.