Ao longo da história,o Brasil notabilizou-se pela excelência no desempenho de seus atletas no esporte,principalmente no futebol.Contudo,os elevados e constantes números de casos de violência em locais esportivos representam uma grande preocupação social e educacional brasileira.Nesse contexto,infere-se,de acordo com o filósofo Thomas Hobbes,que o estado natural do homem baseia-se na maldade.Dessa forma,em lugares com um desenvolvimento intelectual,em geral,insuficiente,situações adversas tendem a revelar a primitividade humana. Em primeira análise,destaca-se a relação kantiana entre a fundamentalidade de uma educação adequada para a formação do ideário ético e moral da comunidade.Nesse sentido,percebe-se uma clara incapacidade das escolas no que tange ao ensino da tolerância às opiniões divergentes.A partir de então,sem uma orientação adequada e com as famosas provocações entre torcidas,uma simples rivalidade pode tornar-se a razão para uma guerra.Sob um outro prisma,nota-se a ineficácia do Poder Judiciário em punir os verdadeiros responsáveis pelos crimes.Corriqueiramente,constata-se que,em brigas nos estádios,os clubes são severamente punidos financeira e desportivamente.Todavia,os baderneiros são pessoas físicas e continuam a frequentar os locais esportivos sem qualquer tipo de resistência,como observado no caso do torcedor corintiano que matou um jovem na Bolívia recentemente e já foi flagrado em outras confusões. Por conseguinte,os impactos negativos no cotidiano populacional são inconcebíveis.Hodiernamente,vive-se uma grave crise criminal no Brasil,entretanto,o excessivo efetivo policial deslocado para esses eventos supostamente de lazer possibilitam a maior ocorrência de delitos em outras localidades mais carentes de proteção.Ademais,em um cenário escasso de boas opções de entretenimento,os incessantes atos de balbúrdia expulsam progressivamente as famílias das arenas,onde seria possível aos jovens o aprendizado do companheirismo e da disciplina. Torna-se evidente,portanto,que,a fim de conceder uma mudança nessa problemática a curto prazo,o sistema punitivo deve ser revisto.Assim,o Ministério da Justiça e Segurança Pública pode criar uma polícia especializada na intervenção em eventos esportivos,por meio de um financiamento conjunto de todas as entidades de desporto.Dessa maneira,um sistema de inteligência em identificação biométrica ou facial impedirá o ingresso de indivíduos com algum histórico em conflitos,além de garantir uma tática com maior grau de eficiência e preparo em eventuais brigas.Logo,os potencias agressores serão repelidos.