Violência só gera mais violência. Há uma grande sabedoria atribuída a esse ditado popular quando diz respeito as violência nos estádios de futebol. Isso porque, contemporaneamente, no Brasil, tem sido notório o aumento dessa agressividade nas partidas do esporte que o denomina: “Brasil, o país do futebol”. Nesse sentido, percebe-se que a maioria das causas são por motivos externos, ou seja, trazidos da sociedade para dentro dos estádios, como a cultura da violência e do racismo. A violência no Brasil é uma problemática enraizada no contexto histórico, uma vez que mulheres sofriam agressões de seus companheiros por serem submissas, escravos sofriam maus tratos de seus patrões e entre outros. Dessa forma, nos dias atuais, torcidas rivais provocam brigas entre si por diversos motivos e que acabam prejudicando as pessoas honestas, já que muitas preferem não ir aos estádios para assistir ao jogo do seu time por ter medo do que pode acontecer. Nesse contexto, de acordo com o sociólogo Maurício Murad – autor do livro “Para entender a violência do futebol” – o Brasil é o país onde mais morrem torcedores em função das brigas, só no ano de 2016 houve nove mortes. Diante desses fatos, o que resta é o questionamento: Brasil, o país do futebol ou da violência? Além disso, Martin Luter King, Mandela e Gandhi são reconhecidos mundialmente quando diz respeito à busca por uma sociedade mais igualitária, uma vez que foram alvo de discriminação por serem negros. Trazendo esse contexto histórico para a atualidade, muitas pessoas no Brasil têm sofrido preconceito, mas dentro dos estádios de futebol por terem times diferentes. Isso ocorre, pois os grandes times brasileiros possuem suas torcidas organizadas, o que, muitas vezes, por motivos de provocação em excesso e, não raro, de cunho pejorativo, gera a violência. Nesse âmbito, Hobbies já havia dito que há violência entre os homens, pois o ser humano é naturalmente mau e egoísta, assim, “o homem é o lobo do homem”. Diante desse cenário, percebe-se que medidas são fundamentais para resolver o impasse da violência nos estádios de futebol no Brasil. Em função disso, faz-se necessário a ampliação e uma melhor preparação da polícia especializada para segurança nos ginásios, o GEPE – Grupamento Especial de Policiamento em Estádios -, uma vez que só é encontrado no Rio de Janeiro, porém ainda é preciso treinar, qualificar e organizar melhor, para que os números de mortes e de brigas nas partidas de futebol sejam reduzidos. Simultaneamente, a educação fornecida pela relação família-escola é imprescindível para que desenvolva, desde as fases iniciais, indivíduos com maior noção de discernimento e que cresçam com a essência do esporte, que é de unir todos os credos, culturas e línguas, visto que, como disse Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que pode usar para mudar o mundo”.