Os nacionalismos mergulharam o mundo em caos durante o século XX nas duas grandes guerras mundiais, foi um período de grande afloração do Chauvinismo na Europa e do desejo de mostrar superioridade diante de outros povos como propunha o Darwinismo Social. Hoje os conflitos que levam dor e caos acontecem em locais pontuais: os estádios de futebol. Nesses lugares o objetivo de superar os demais, às vezes, extravasa a prática esportiva e se transforma em problema de segurança pública, e que tem urgência em ser solucionado. Primeiramente, cabe lembrar que o futebol ainda tem arraigado os valores de uma cultura machista e de violência. Como no caso que ocorreu entre o jogador Felipe Melo do Palmeiras e os jogadores uruguaios do Peñarol, quando o campo transformou-se em ringue após declarações polêmicas do atleta palmeirense. Isso causou violência não apenas no campo, mas também nas arquibancadas, e foi um péssimo exemplo. Haja visto, o clima de tensão mundial provocado entre Estados Unidos e Coreia do Norte, revelando que o mundo precisa de discursos de paz e não de declarações que incitem o ódio. Além disso, vivemos em nosso país um clima de guerra dentro das arenas de futebol. Prova disso, é uma pesquisa realizada pelo sociólogo Maurício Murad que contabilizou 30 mortes nos estádios brasileiros de futebol no ano de 2014. Assim, temos nesses locais o direito constitucional à vida consagrado na Carta Magna de 1988 ameaçado. Desta forma é necessário que ações imediatas sejam tomadas para solucionar este problema que traz sofrimento e dor as famílias das vítimas. Fica claro, portanto, que a violência nos estádios de futebol são causadas como reflexo de uma cultura machista e de intolerância que ameaçam à sociedade brasileira. Nesse cenário cabe ao Primeiro Setor por meio dos órgãos de segurança pública articular ações de prevenção, como a separação efetiva de torcidas, evitando a violência e com o intuito de garantir que o Art 5º da Constituição seja respeitado. Outrossim, cabe à família e à escola educar desde cedo às crianças para que respeitem as diferenças e aprendam a viver em harmonia, isso pode ser alcançado por meio de palestras socioeducativas e de exemplos familiares. Dessa forma, poderemos ir às arenas de futebol expressar gritos de emoção e de alegria, ao contrário dos que hoje são dados expressando medo, pânico e dor.