“No meio do caminho tinha uma pedra”. No poema de Carlos Drummond de Andrade, o mesmo se queixa de uma interferência em sua trajetória. Dessa forma, nas atualidades brasileiras, pode-se pensar que a violência praticada em estádios é um impasse para a caminhada do país, o qual se destaca entre os demais em relação a violência e mortes nas arenas. Por conta de um machismo perdurável, criou-se uma relação de futebol à masculinidade, assim, os homens tentam provar a mesma dentro dos estádios, causando discussões, brigas e até mesmo a mortes dos torcedores. Desentendimentos que não ocorreriam em outros locais, acontecem dentro dos campos por conta do padrão associando o futebol à virilidade dos homens. Em consequência disso, vê-se, a todo instante, mulheres sendo assediadas em estádios; tanto torcedoras, jornalistas ou até mesmo jogadoras. O assédio, é considerado violência psicológica e afeta diariamente e diretamente as mulheres, o que se torna um empecilho para que o ambiente se torne agradável para a visitação das mesmas e até mesmo de famílias. Convém salientar, que a carência educacional e a falta de políticas punitivas efetivas, são fatores que influenciam na perpetuação da problemática. Em consideração a frase do filósofo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, observa-se a falta de ensinamentos respeitosos a sociedade. Enfim, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Esporte, realizará visitas dentro de arenas de futebol, com palestras educacionais embasadas no respeito, aliando-o ao esporte desde o ensino básico. Além disso, é interessante falar sobre punições aos times de futebol quando sua respectiva torcida efetivar atos violentos, sejam psicológicos ou físicos, o que fará com que o torcedor se politize e respeite os demais.